Meia-atacante começou no futebol de salão aos seis anos e só foi para o campo na base do São Paulo
Lucas Moura tabelou nas costas de Martínez e passou como quis por Cacá, André Ramalho e Matheus Bidu antes de bater chapado na saída de Hugo Moura. O golaço no Morumbis, que fechou a vitória por 3 a 1 contra o Corinthians no último domingo, foi uma herança do futsal na formação do camisa 7.
– Sem dúvida nenhuma. É um estilo característico meu, de drible curto, espaço curto, a bola colada no pé, então fui muito feliz. Calleri, com quem estou muito entrosado, fez uma parede bem feita, e consegui ser feliz e achar o espaço para fazer o gol – disse o jogador.
Formado no centro de formação de atletas de Cotia, Lucas só iniciou mesmo no futebol de campo quando chegou ao São Paulo, aos 13 anos. Antes, desde os seis, o esporte era o futebol de salão.
– Lucas era apaixonado no futsal. Começou no Santa Maria de São Caetano, um clube que já fechou, e lá na verdade jogou em quase todos os clubes quando era pequeno. Depois jogou salão no Juventus e no Corinthians até chegar ao São Paulo e ir para o campo – contou o pai Jorge Rodrigues, ao ge.
Há registros de Lucas Moura atuando no futsal do Juventus, tradicional clube da Mooca, na infência.
No fim de 2024, o jogador foi nomeado embaixador do São Paulo Futsal Ouro e fez uma visita ao local para se encontrar com jovens jogadores de várias categorias, entre sub-7 e sub-18. Num discurso emocional, o jogador falou de sua trajetória e incentivou os jovens a acreditarem em seus sonhos.
Parceria com Oscar
O clássico contra o Corinthians marcou também a primeira parceria de Lucas e Oscar nesta nova fase de São Paulo. Ex-companheiros de base do Tricolor, eles iniciaram os últimos dois jogos oficiais juntos no time titular. E, numa cobrança de escanteio de Oscar, o camisa 7 marcou um gol de cabeça.
Em campo, embora Oscar tenha sido escalado aberto pelo lado esquerdo, o jogador muitas vezes ocupou a faixa do meio e até o lado direito, onde jogar Lucas. Na visão dele, Oscar precisa exatamente disso para construir grandes jogadas:
– Zubeldía nos dá liberdade. É importante estarmos próximos para a gente achar a triangulação, achar nossas tabelas, e ir se movimentando, Calleri e Luciano também às vezes caem pelo lado para ajudar neste esforço na hora de marcar. Oscar é um jogador que precisa ter a bola, não pode ficar preso, ele precisa flutuar. A melhor posição dele é ele ter a bola, ir para um lado e para o outro, ficar no meio, ele acha os passes. É um jogador diferente que precisa ter essa liberdade – explicou Lucas.
Fonte: Globo Esporte