Henrique Gomes, o Baby, um dos líderes da Independente, maior torcida organizada do São Paulo, saiu em defesa do técnico Luis Zubeldía.
O treinador está pressionado no cargo e tem sido criticado por parte de torcedores por causa dos resultados ruins à frente do time, que não vence há cinco jogos.
Na visão de Baby, porém, a diretoria tricolor não deve mandar o comandante embora.
”É fácil mandar o Zubeldía embora igual fizeram com o Rogério Ceni. Mandaram o Ceni embora (em 2017), e a gente foi contra a demissão. Passou dois anos, Rogério veio de volta e a gente contratou. Assim foi com o Crespo também. A gente foi contra a demissão do Crespo. O Carpini também ficamos até a última. E agora com Zubeldía. Isso aí é feio”, começou por afirmar.
”A diretoria colocando técnico em cheque, soltando informação para a imprensa, de que o Diniz está próximo do São Paulo. O Diniz foi até um cara que eu aprendi a gostar dele, mas hoje ele não é o técnico para o São Paulo. Vai vir para quê? Se tivesse algo para ter mandado o técnico embora, eles deveriam ter mandado sabe quando? No último jogo do Campeonato Brasileiro”, começou por afirmar em entrevista ao canal Arnaldo e Tironi, do Youtube.
Com contrato até o fim de 2025, Zubeldía está perto de completar um ano no São Paulo. São 25 vitórias, 15 empates e 15 derrotas até então.
”O que eu posso falar sobre o Zubeldía é que há anos eu não via um técnico vibrar dentro de campo, dar carrinho, querer vencer, querer ganhar. O trabalho dele é questionável? Sim. Como foram o dos últimos técnicos que passaram pelo São Paulo. O São Paulo vai mandar o técnico embora para trazer o Carpini, que já não deu certo? Não, negativo”, opinou Baby.
”O São Paulo não é bolinha de gude. Sabe por que a diretoria faz isso de soltar informação na mídia? Para ver a aceitação do torcedor. Mas nós não estamos sendo enganados não. Mas Belmonte, você tem que vir dar as caras aqui e falar ‘Zubeldía é o nosso técnico. Não tem nada de Diniz”’, disparou.
Segundo apurou a ESPN, a diretoria tricolor não planeja uma mudança no cargo no momento. Nem mesmo um resultado negativo diante do São Bernardo e uma classificação em segundo lugar mudaria os planos no São Paulo.
No entanto, o Paulistão pode ser o ‘fiel da balança’ para o futuro do argentino no clube tricolor. Uma sequência de tropeços e uma eliminação precoce pode deixar a situação beirando o insustentável.
Reunião em meio à crise
A crise no São Paulo fez até mesmo o próprio elenco começar a se cobrar. De acordo com apuração da reportagem da ESPN, os jogadores se reuniram na última quinta-feira (20) em clima de cobrança no centro de treinamentos, sem presença de comissão técnica ou direção, tiveram um bate-papo a portas fechadas.
A reunião se dá logo após as entrevistas de Lucas Moura, Oscar e Calleri criticando a atuação da equipe na derrota para a Ponte Preta e eximindo a comissão técnica de culpa pelo momento.
“Não é culpa do treinador, é culpa da gente. Não são erros táticos, são erros de qualidade nossa, no último passe, tomada de decisão, eu mesmo errei bastante hoje. A gente pode fazer muito melhor. A parte positiva é que estamos classificados. Se fizermos isso num mata-mata, será fatal. Não tem desespero, mas é ligar o sinal de alerta para a gente chegar bem na fase decisiva”, disse Lucas na zona mista do Morumbis.
Atualmente, o São Paulo não vence há cinco jogos e tem apenas uma vitória nas últimas sete partidas pelo Campeonato Paulista.
O Tricolor visita o São Bernardo na última rodada nesse final de semana. Ambas as equipes já estão classificadas, e um tropeço de Zubeldía e seus comandados não serviria para atrapalhar o Palmeiras.
Ao mesmo tempo, porém, a equipe do Morumbi ainda briga para ter a primeira colocação de seu grupo, precisando vencer para depender apenas de si e não ter que secar o Novorizontino.
Fonte: ESPN