ESPN.com.br
Não é a quantidade, é a maneira como o São Paulo toma gols no Brasileiro que preocupa torcida e, provavelmente, comissão técnica.
Foram apenas oito sofridos em nove rodadas, média de menos de um por jogo e que faz da defesa tricolor a terceira melhor da disputa, ao lado das de Grêmio e Fluminense – o Internacional levou seis, Corinthians e Santos, sete cada.
No entanto, quatro dos oito tentos foram pelo alto. Isto mesmo: 50% por conta de erros de marcação na disputa aérea, seja ela individual ou por zona (coletiva).
O último desses gols aconteceu contra o Flamengo, no empate em 2 a 2 de domingo, em Brasília. E embora tenha passado despercebido por conta dos dois gols que fez e da expulsão depois, Calleri, de 1,79 m, ajudou na falha coletiva que resultou no tento de igualdade de Willian Arão, de 1,81 m.
Era o argentino o segundo homem – o jovem Artur era o primeiro – da linha de marcação no cruzamento de Alan Patrick. Pulou atrasado, em vão. Matheus Reis, que fazia acompanhamento individual, não decidiu se seguia Arão ou Rafael Vaz, não correu com nenhum.
Os outros três gols sofridos pelo alto foram contra Coritiba, Figueirense e Atlético-PR. Erros que, em uma conta simples, levando em consideração os placares finais das partidas, resultaram em seis pontos deixados pelo caminho, o que hoje daria ao time paulista, que soma 14, a liderança do Brasileiro – na ponta, o Palmeiras tem 19.
É um ponto importante de atenção para o técnico Edgardo Bauza, que agora tem quatro dias para tentar resolver a questão e não ver o São Paulo sofrer do mesmo problema diante do Sport, quinta, às 21h, no Morumbi, mesmo local em que a equipe deixou um triunfo virar revés contra o Atlético-PR no último dia 11 (veja os detalhes abaixo).
No detalhe, os quatro gols pelo alto sofridos pelo São Paulo no Brasileiro de 2016
Caso 1
Rival: Coritiba
Rodada: 3
Algoz: Alan Santos
Bola: parada (escanteio)
Marcação: individual
Quem falhou: Thiago Mendes
Onde: fora (no Couto Pereira, em Curitiba)
Placar final: empate em 1 a 1
Caso 2
Rival: Figueirense
Rodada: 5
Algoz: Rafael Moura
Bola: rolando
Marcação: coletiva
Quem falhou: Matheus Reis, Lucão e Lugano
Onde: fora (no Orlando Scarpelli, em Florianópolis)
Placar final: derrota por 1 a 0
Caso 3
Rival: Atlético-PR
Rodada: 7
Algoz: Hernani
Bola: parada (escanteio)
Marcação: individual
Quem falhou: Bruno
Onde: casa (no Morumbi, em São Paulo)
Placar final: derrota por 2 a 1
Caso 4
Rival: Flamengo
Rodada: 9
Algoz: Willian Arão
Bola: parada (falta)
Marcação: coletiva e individual
Quem falhou: Calleri e Matheus Reis
Onde: fora (no Mané Garrincha, em Brasília)
Placar final: empate em 2 a 2