Clubes enviam ofício ao Governo contra procurador do STJD na APFut 21

80

UOL

Danilo Lavieri

  • Vinicius Castro/UOL

Os principais clubes do país se uniram, mais uma vez, contra Paulo Schmitt. O hoje procurador do STJD (Superior Trigunal de Justiça Desportiva) é cotado pelo Ministério do Esporte para assumir o cargo de chefia da APFut (Autoridade Pública do Futebol).

Publicidade

Para vetar que Schmitt ganhe tal função, Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Vasco, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Joinville e Atlético-PR assinaram um ofício enviado ao Governo Federal. O documento, datado do dia 17 de junho, foi obtido pelo UOL Esporte. Ele tem uma enorme rejeição dos clubes por causa da postura considerada ruim como mandatário do STJD. Ele já havia sido alvo de um manifesto coletivo dos clubes contra a sua continuidade do Tribunal.

O ofício questiona a decisão e diz que a medida iria contra todo o ambiente de transparência e modernização que o mundo do futebol procura atualmente.  “De modo a aplicar de maneira exemplar as diretrizes e novos anseios atinentes à higidez e desenvolvimento do futebol brasileiro e de todo o sistema do desporto nacional, os presidentes dos principais clubes de futebol do Brasil, abaixo assinados, vêm, respeitosamente, requerer a V. Exa. que se abstenha de nomear o Dr. Paulo Schmitt para ocupar qualquer cargo junto à APFut, bem como qualquer cargo no âmbito do Sistema Desportivo do futebol brasileiro”.

A APFut é o órgão que trabalhará na fiscalização dos clubes em relação às determinações da Profut, que é a lei que refinanciou as dívidas dos clubes. Em contrapartida, os times terão de seguir uma série de medidas determinadas para controlar as finanças. O descumprimento poderia até causar rebaixamento.

Como já mostrou o site da ESPN, Schmitt assumiria o lugar de César Carrijo, que é advogado da União e foi escolhido para o cargo ainda antes do início do Governo Temer. A oposição dos clubes dessa expressão a um nome ventilado por um Governo novo, que se pretende demonstrar atento aos anseios populares, gera um grande obstáculo para as pretensões políticas do Procurador.

Os clubes julgam que ele Schmitt não tem isenção o suficiente para fazer tal julgamento e ainda lembram diversos escândalos que já tiveram o nome do procurador do STJD relacionado.  Ele já foi investigado por desvio de ingressos na Copa do Mundo de 2014 e ainda sofre com críticas por ganhar milhões de reais sendo assessor jurídico da CBB (Confederação Brasileira de Basquete).