Tão bem adaptado ao São Paulo quanto o filho, Maurides Roque é daquele tipo de pessoa que faz a alegria na resenha dos boleiros. Pai do zagueiro Maicon, ele conversa com jogadores, integrantes da comissão técnica e até dirigentes do clube.
Apesar do alto-astral de Maurides, um dos assuntos mais abordados no Tricolor, como não poderia deixar de ser, é a renovação do contrato de Maicon. Emprestado pelo Porto, o jogador tem vínculo com o São Paulo só até o fim deste mês. Otimista, o pai do beque tem opinião diferente da do agente do jogador, Antônio Araújo, que dá como certo o retorno do defensor a Portugal.
“Sempre fui bem recebido no São Paulo. Quando sabem que sou pai do Maicon, as pessoas vêm conversar comigo. Eu fico muito feliz. Pedi ao Leco (Carlos Augusto de Barros e Silva), o presidente (do São Paulo), que ele faça todo o esforço para o Maicon continuar. Quero que ele fique”, contou, ao DIÁRIO.
Maurides, que mora em Planura (MG), não esconde o desejo de ficar perto do filho. “A vontade é que ele continue no São Paulo, para dar muitas alegrias para a torcida. Seria uma forma de agradecer pela maneira como foi recebido. Hoje, já é um ídolo”, destacou.
Além de querer um final feliz para a novela da renovação do contrato de Maicon, Maurides torce para que o zagueiro possa dar voos mais altos neste ano.
“Espero que ele continue jogando bem. Acho até que já está merecendo uma chance na seleção. É o sonho da gente. Quem sabe na convocação para as Eliminatórias, em setembro?”, disse Maurides, que também é pai do zagueiro Muller, atuualmente no Kemi, da Finlándia, e do atacante Maurides, do Arouca de Portugal.
Cantor
O bate-papo do pai de Maicon com os boleiros não precisa ser só sobre futebol. Afinal, ele garante que não faz feio quando interpreta os sucessos das duplas Milionário e José Rico e Bruno e Marrone.
“Canto em barzinho e festas de aniversário já faz uns dois anos”, conta Maurides. “O Maicon canta só no banheiro. Isso, ninguém puxou para mim (risos)”, disse Maurides.
Entrevista com Maurides Roque, pai do Maicon:
DIÁRIO_ Todos na família têm o DNA de jogador? Os filhos herdaram o dom de quem?
MAURIDES ROQUE_ Ah, eu joguei muito quando era mais novo. Só não fui profissional.
O senhor gostava de jogar em qual posição?
Para falar a verdade, joguei em todas as posições. Já fui goleiro, zagueiro, volante, atacante… Não tinha essa história de escolher posição.
Mas jogava melhor em qual?
Não tinha isso, não… Jogava, mesmo, em todas. Tanto que ensinei até o Maicon a jogar no gol e ele precisou jogar de goleiro um jogo na Libertadores (contra o Strongest). E tenho mais um filho zagueiro e outro centroavante.
O senhor sempre dá conselho para o Maicon?
Sempre antes do jogo, eu ligo para ele, dou conselho. Falo para ele jogar firme, que zagueiro tem de ser assim. E, graças a Deus, as coisas têm dado certo. Espero que ele fique no São Paulo, porque ele caiu como uma luva no clube. Então, a família está toda feliz, é o sonho da gente. Ele está perto da gente. Você vê, eu moro em Minas Gerais e estou aqui desde sábado para assistir ao jogo. Espero que ele fique no São Paulo mais esse ano e, quem sabe, mais dois ou três anos.
