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Após a amarga derrota por 3 a 0 para o Santos, no último domingo, o São Paulo parecia viver uma semana bastante favorável. No primeiro jogo com Maicon sendo seu jogador em definitivo, o clube voltou a vencer em sua casa, o Morumbi, onde empatou sem gols com o Sport há uma semana, ao bater o Fluminense por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, em duelo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, o meia Paulo Henrique Ganso, que entrou no segundo tempo, sentiu a coxa direita e virou enorme preocupação para as semifinais da Copa Libertadores da América.
Além do ovacionado zagueiro – “….É o melhor zagueiro do Brasil! Maicon!”, gritavam pouco mais de dez mil são-paulinos durante o jogo -, outro atleta teve motivos para comemorar. Trata-se de Alan Kardec, substituto do suspenso Jonathan Calleri e autor do segundo gol são-paulino, encerrando um jejum de mais de três meses sem balançar as redes. Este foi apenas o segundo tento do centroavante na temporada. Quem abriu o caminho para a vitória, no entanto, foi o volante João Schimidt, logo no primeiro minuto de jogo. Cícero, de pênalti, diminuiu para o time carioca no começo do segundo tempo.
Com o resultado, o time comandado por Edgardo Bauza voltou a sentir o gosto da vitória após três rodadas, chegou aos 18 pontos e subiu da décima para a sétima colocação do torneio nacional, ultrapassando, inclusive, o Fluminense, que estaciona com 16 pontos e cai para o 11º lugar.
Sendo assim, o clube do Morumbi se aproxima do G4 do Brasileirão, ficando com apenas dois pontos a menos do que o Internacional, primeira equipe dentro da zona de classificação para o torneio continental. O São Paulo buscará a primeira série de dois triunfos consecutivos no campeonato neste domingo, a partir das 16 horas (de Brasília), quando visitará com os reservas a Ponte Preta, em Campinas. Já o Fluminense tentará a recuperação diante do Coritiba, no dia anterior, no mesmo horário, em Volta Redonda.
O jogo – Os jogadores do Fluminense ainda estavam frios quando o São Paulo bateu escanteio no primeiro minuto de jogo para abrir o placar. Após cobrança baixa do estreante Cueva, Centurión desviou com o pé, a bola sobrou para João Schmidt que, de primeira, chutou rasteiro e sem chances para Diego Cavalieri.
Mais ligado na partida, o time da casa ainda ameaçou a meta carioca mais duas vezes antes dos primeiros dez minutos do duelo. Primeiro com Rodrigo Caio em jogada aérea, depois Thiago Mendes soltou a pancada de fora da área, tirando tinta da trave.
A partir de então, o Morumbi assistiu a uma monótona primeira etapa. Confortável com a vantagem mínima, o Tricolor recuou suas linhas, enquanto o Fluminense passou a rondar a área do time paulista, mas sem tanta objetividade. Tanto que a equipe das Laranjeiras só foi chegar com perigo aos 36, quando Maranhão se infiltrou pela esquerda e cruzou para cabeceio de Cícero. A bola quicou e passou por cima do gol de Denis.
Três minutos depois, porém, os mandantes trataram de jogar um balde de água fria no ímpeto carioca. Michel Bastos fez boa jogada pela esquerda e cruzou na medida para Alan Kardec, substituto do suspenso Jonathan Calleri, se jogar a testar firme: 2 a 0 para o Tricolor paulista. De quebra, o camisa 14 quebrou um jejum de mais de três meses sem marcar, sendo que o último gol havia sido anotado no empate por 1 a 1 com o Santos, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista, no dia 27 de março.
Precisando agredir o adversário para buscar ao menos o empate, o técnico Levir Culpi promoveu as entradas de Dudu e Osvaldo nos lugares de Edson e Maranhão, respectivamente. Mas quem chegou primeiro foi o time anfitrião, novamente com Thiago Mendes arriscando de longe. O volante se infiltrou na intermediária e soltou a bomba, explodida no travessão de Cavalieri.
Foi um sinal de sorte para que o Tricolor carioca renascesse na partida. No lance seguinte, aos cinco minutos, João Schmidt subiu com o braço aberto após cobrança de escanteio: pênalti, que Cícero não desperdiçou ao bater no canto direito do deslocado Denis e diminuiu a desvantagem dos visitantes. Pouco depois, quase o empate em bate-rebate dentro da área são-paulina.
Percebendo o momento apropriado para segurar a bola, Bauza colocou Ganso no lugar de Michel Bastos. Só que o jogo começou a esquentar apesar do clima frio no Morumbi. Aos 20, Centurión foi derrubado na área e acabou acertado pela bola após chute de Douglas, gerando empurra-empurra entre os atletas de ambos os times. Logo depois, o Patón tirou o nervoso argentino e colocou Ytalo em campo, pouco antes de sacar Carlinhos para pôr Matheus Reis.
Após muito tempo sem chegar ao gol de Cavalieri, o Tricolor voltou a assustar o adversário só aos 32, quando Thiago Mendes testou o goleiro rival em chute de longa distância e ganhou o escanteio. Na cobrança, Ytalo quase fez o terceiro de cabeça. Antes de o árbitro Anderson Daronco soar o apito final e sacramentar a vitória são-paulina, um fato preocupou elenco e torcida. Ganso sentiu a coxa direita e pediu substituição, inviável por conta das três alterações já realizadas por Bauza.
O camisa 10 terminou o confronto mancando e virou dúvida para as semifinais da Copa Libertadores da América contra o Atlético Nacional-COL, marcadas para os dias 6 e 13 de julho.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 X 1 FLUMINENSE
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 29 de junho de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Jose Eduardo Calza e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (ambos do RS)
Público: 10.323 pagantes
Renda: R$ 204.246,00
Cartões amarelos: Cueva, Carlinhos, Paulo Henrique Ganso e Maicon (São Paulo); Cícero, Giovanni e Douglas (Fluminense)
GOLS:
SÃO PAULO: João Schmidt, no minuto 1 do primeiro tempo, e Alan Kardec, aos 39 minutos do primeiro tempo
Fluminense: Cícero, aos sete minutos do segundo tempo
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Carlinhos (Matheus Reis); João Schmidt, Thiago Mendes, Centurión (Ytalo), Cueva e Michel Bastos (Paulo Henrique Ganso); Alan Kardec
Técnico: Edgardo Bauza
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni; Douglas, Edson (Dudu), Cícero e Gustavo Scarpa; Maranhão (Osvaldo) e Magno Alves (Richarlison)
Técnico: Levir Culpi