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Pedro Cuenca
Na última semana, o São Paulo anunciou a compra do zagueiro Maicon. Ótima notícia para o clube, animando os torcedores, apesar do gasto abusivo. Se quiser saber mais sobre isso, escrevi aqui. Na negociação, o time paulista ainda cedeu 50% dos direitos de dois jovens jogadores do clube: Lucão e Inácio. Mas como exatamente funcionou essa parte do acordo?
O São Paulo possuía apenas 75% dos direitos de Lucão e 77% de Inácio. O resto, em ambos os casos, era dividido entre empresários e os próprios atletas. Inicialmente, o esperado era que o Tricolor ficasse com 25% e 27% dos passes, respectivamente. O acordo com o Porto, porém, não é bem assim.
Entrei em contato com Eduardo Affonso, repórter dos canais ESPN, na última semana. Ele me disse que conversou com o presidente Leco antes do jogo do Fluminense e explicou corretamente como fica essa complicada parte da negociação. Todas as partes que possuem direitos dos jogadores terão que ceder a metade dos direitos que possuem.
Entendeu? Não? OK, vou explicar com calma.
No caso de Lucão, o São Paulo tinha 75%, enquanto o empresário possuía 15% e o jogador tinha direito aos outros 10%. Agora, após o acordo com o Porto, o Tricolor fica com 37,5%, o zagueiro com apenas 5% e o empresário com 7,5%. O clube português, é claro, fica com outros 37,5%.
O mesmo acontece no caso de Inácio, apesar de não sabermos exatamente qual a porcentagem exata dos direitos restantes entre empresários e o próprio atleta.
A ESPN ainda noticiou, com exclusividade, que o Porto pode adquirir mais 10% dos atletas caso eles tenham bom desempenho até o fim da temporada. Isso, no entanto, causaria um abono de 1 milhão de euros (cerca de R$ 3,6 milhões) no valor pago por Maicon.
Apesar disso, bom saber que o São Paulo não sai tão prejudicado em toda essa história, já que gastou bastante recentemente. Esperamos que o investimento seja revertido em lucro rapidamente, seja com Maicon ou com os jovens vendidos para algum outro clube.
