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A contratação do zagueiro Maicon foi festejada no São Paulo como um impulso para a classificação à final da Copa Libertadores. Mas, oito dias após o anúncio da permanência do jogador, o planejamento tricolor veio abaixo com a derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional-COL, no Morumbi. Embora a expulsão de Maicon na partida tenha sido determinante para o tropeço, ele se tornou a única certeza da equipe em caso de eliminação em Medellín.
Próximo de sofrer um desmanche entre suas referências, o Tricolor não confirma nem a permanência de Edgardo Bauza. Após a demissão do técnico Gerardo Martino da seleção argentina, o Patón passou a ser apontado pela imprensa local como um dos postulantes ao cargo. O treinador tem dito que seria um sonho assumir o time, mas despistou sobre uma possível oferta. “Hoje penso só no Atlético Nacional”, disse Bauza, após o jogo de quarta-feira.
Dentro do elenco, Maicon assumirá um protagonismo ainda maior no período pós-Libertadores. O artilheiro Calleri, autor de 15 gols na temporada, poderá se despedir já na próxima quarta-feira, no jogo de volta das semifinais. Ele foi convocado para a seleção olímpica da Argentina e, se o São Paulo for eliminado do torneio continental, não cumprirá o contrato válido até o dia 30. A tendência é que ele se transfira para um clube europeu após o Rio 2016.
Outro nome importante que pode se despedir do clube é Paulo Henrique Ganso. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse que o meia recebeu uma proposta do Sevilla e se mostrou interessado em disputar o Campeonato Espanhol. O clube já teria rejeitado uma oferta cujo valor foi considerado baixo demais. “A equipe que pagar o que Ganso realmente vale ficará com ele”, reconheceu Bauza.
Maicon – Após se destacar na Libertadores, Maicon levou a diretoria a ceder às demandas do Porto e investir 5 milhões de euros (R$ 22 milhões) em sua contratação. Além disso, a equipe negociou 50% dos direitos de Lucão e Inácio com os portugueses. A medida foi precisa porque Maicon tinha vínculo só até o dia 30 de junho e corria o risco de ficar fora das semis.
Mas o zagueiro não justificou o investimento. Aos 28 minutos do segundo tempo do jogo com o Atlético Nacional, Maicon colocou a mão no rosto de Borja e empurrou o rival, que se lançou ao gramado. O árbitro argentino Mauro Vigliano entendeu que o ato caracterizava uma agressão e mostrou o cartão vermelho direto ao jogador. O próprio Borja aproveitou os espaços na defesa são-paulina e marcou os dois gols da vitória do Atlético Nacional.
Ao se desculpar com a torcida pela expulsão, Maicon deixou claro que tentará honrar o acordo que o manterá pelos próximos quatro anos no clube. “O investimento que fizeram em mim não foi a curto prazo. Ele não foi feito para a Libertadores, foi para quatro anos – talvez até mais. Eu tenho certeza que o investimento que fizeram em mim será recompensado”, declarou.