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Tales Torraga
Patón Bauza conta com a simpatia dos dirigentes da nova AFA, mas não da torcida argentina para ser o técnico da Seleção. Em pesquisa do jornal “Olé“, 58% dos quase 70.000 votantes cravaram: não gostariam do são-paulino no time nacional.
A pesquisa do “Olé” ficou no site do jornal de sexta a ontem (25).
A resistência popular é oposta ao que ocorre nos bastidores. Patón e Miguel Ángel Russo seguem favoritos e disputando o cargo entre si.
A primeira razão que os põe sozinhos na briga é a falta de vontade dos favoritos do público, Marcelo Bielsa e Diego Simeone. Bielsa exige projetos sérios, o que a atual associação argentina é incapaz de oferecer. Simeone considera que não é sua hora. Planeja sistematicamente a entrada só para a Copa do Qatar-2022.
A segunda razão é o baixo cacife financeiro. Dentre as opções sondadas, Bauza e Russo “cabem no bolso” do atual projeto da Argentina cada vez mais sem dinheiro. Esta é a grande dificuldade em contratar o caro Jorge Sampaoli, recém-chegado ao Sevilla e cotado até para acumular funções no clube e na Seleção até dezembro.
A terceira ligação Patón/selección é a simpatia mútua entre Bauza e Armando Pérez, dirigente responsável por escolher o substituto de Tata Martino.
Quem não vem sendo levado em consideração é Marcelo Gallardo, do River Plate. El Muñeco seria barato, competente e teria a incondicional adesão da segunda maior torcida da Argentina (eles se consideram os primeiros, por supuesto).
A AFA prefere treinador mais experiente. Marcelo tem 40 anos. E as relações entre River e associação estão abaladas desde a briga que resultou na criação da Superliga, campeonato que dará mais poder e grana aos grandes da Argentina.
Pisa fuerte, El Patón.