Diretoria do São Paulo tem conversa com Bauza e pede mudança de postura

196

UOL
Pedro Lopez

  • Robson Ventura/Folhapress

    Edgardo Bauza, técnico do São Paulo, em clássico contra o Corinthians no Campeonato Brasileiro

    Edgardo Bauza, técnico do São Paulo, em clássico contra o Corinthians no Campeonato Brasileiro

A relação entre diretoria do São Paulo e Edgardo Bauza sempre foi excelente, mas sofreu alguns golpes nos últimos dias. O UOL Esporte apurou que a diretoria do clube do Morumbi teve uma conversa com o treinador nesta terça-feira. Ao mesmo tempo que expressou confiança no trabalho e desejo em continuar com Patón, fez críticas à postura e pediu algumas mudanças.

A principal atitude de Bauza que gerou descontentamento foi o fato do treinador pedir reforços repetidamente em declarações à imprensa argentina, em meio a um período de incerteza sobre sua própria permanência (é um dos candidatos a treinar a seleção argentina).

Publicidade

Além disso, o comandante revelou, também à imprensa argentina, nomes que estão sendo discutidos para reforçar o ataque são-paulino – isso vai contra a política da diretoria, que prefere conduzir suas negociações de forma discreta, longe dos olhos da mídia.

A conversa não teve tom de briga – os dirigentes ressaltaram a boa relação de Patón com clube e com a própria imprensa brasileira ao longo dos meses no comando do São Paulo, e voltaram a ressaltar que, caso o convite para a Argentina não venha, ele é parte integral do planejamento do clube. Por isso, uma mudança de postura traria novo fôlego à relação entre as partes.

O papo surtiu efeito na entrevista coletiva desta terça-feira. Sereno, Bauza não repetiu a irritação da última entrevista no domingo, após a partida contra o Grêmio, e respondeu com detalhes a perguntas sobre um possível convite para treinar a Argentina – no conteúdo, nenhuma novidade, mas o tom do técnico foi visivelmente diferentes.

Ao falar sobre reforços, Bauza também ressaltou que a motivação é um desejo de melhorar o time e suprir as saídas de Calleri e Ganso. “A chegada de um jogador não é benefício para mim, é para a equipe. Eu não busco um crédito pessoal, a decisão é para a equipe. A diretoria está fazendo um esforço muito grande para incorporar jogadores. Buffarini é um deles. Quando eu disse que seria complicado se não contratássemos um atacante é normal. Perdemos Kardec, Calleri, Ganso e Rogério. São quatro jogadores”, disse.

Além disso, fez questão de ressaltar o esforço grande da diretoria na busca por reforços nas últimas semanas. “A diretoria está fazendo, faz tempo, um esforço grande para tratar de incorporar alguns dos jogadores que dou os nomes”.

Sob o comando de Bauza, o São Paulo volta a campo no domingo, quando recebe a Chapecoense, às 11h, no Morumbi.