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Há dez anos, o jovem goleiro Bruno Landgraf era obrigado a encerrar a carreira depois de sofrer um grave acidente. Revelado nas categorias de base do São Paulo, o atleta bateu o carro na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), na altura de São Lourenço da Serra, onde morava com a família, e ficou paraplégico.
Depois de passar mais de oito meses no hospital, entre internações, cirurgias e processos de reabilitação, Landgraf retomou a vida através de um outro esporte: a vela adaptada, modalidade em que representará o Brasil nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. O ex-goleiro e iatista espera ter um bom desempenho na Cidade Maravilhosa.
“Em 2008, no futebol, eu desejava participar da Olimpíada como goleiro. Tudo mudou e estive com a vela em Londres, em 2012. Agora, contagem regressiva para os Jogos do Rio. O objetivo é disputar uma boa posição, fazer o meu melhor com minha equipe. Treinamos muito na Baía de Guanabara e estou muito feliz por chegar até aqui”, afirmou.
A mudança brusca na carreira não fez com que Bruno desistisse da vida. As adversidades mudaram a maneira do atleta enxergar o mundo e ele passou a dar valor às pequenas coisas. A volta por cima por meio do esporte transformou-o em uma inspiração, fato que o agrada e o motiva cada dia mais.
“Eu aprendi e aprendo diariamente muitas lições com a vida. Aprendi a dar valor para as pequenas coisas, que quando você não tem nenhuma limitação ou deficiência e não precisa de ninguém, não dá valor. Agradeço todos os dias por poder acordar, e apesar das dificuldades, praticar um esporte, dar palestras, contar minha história, inspirar pessoas e principalmente, aproveitar a chance de estar aqui”, completou.
Bruno Landgraf e a equipe Skud 18 Brasil, da qual faz parte, competirão as regatas de vela adaptada nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro entre os dias 11 e 16 de setembro, na Baía de Guanabara.