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DIEGO NIGRO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
Técnico são-paulino diz que tem conquistado confiança do elenco
Passada uma semana desde o início do trabalho como técnico interino do São Paulo, André Jardine já apresenta seus próximos objetivos. Enquanto a equipe se mantém na busca por um substituto para Edgardo Bauza, agora treinador da Argentina, os atletas cada vez mais reforçam o apoio pela efetivação do interino, que conta como quer transformar o time paulista.
“Demos um pontapé inicial que foi muito bom pelo pouco tempo que tivemos para trabalhar (vencer o Santa Cruz por 2 a 1, no último domingo), mas fiquei satisfeito porque vi uma equipe que propôs o jogo o tempo todo. Minha ideia é de sempre propor o jogo, avançar contra o adversário, sem mudar a forma de jogar independente do resultado”, avisou.
Para emplacar esta ideologia, mais ousada do que a apresentada nos tempos de Patón, Jardine sabe que precisa conquistar a confiança dos jogadores rapidamente. E os primeiros sinais são favoráveis ao interino. Em dois dias seguidos de entrevistas coletivas no CT da Barra Funda, os volantes Thiago Mendes e João Schmidt declararam apoio ao técnico.
“O pessoal ainda não me conhece tanto, então meu primeiro passo é conquistar a confiança de todos com o trabalho. Leva um pouco de tempo, mas tenho certeza de que estamos construindo uma relação legal e que daqui para frente, sempre que o clube precisar de mim, tenho certeza de que o pessoal vai me receber bem, sabendo como eu trabalho”, ponderou.
Confira outros trechos da entrevista de André Jardine, que estreará no Morumbi domingo, às 16h15, contra o Botafogo:
O que chamou mais a atenção nesta semana?
A receptividade. Hoje, o CT da Barra Funda é composto por um grupo de profissionais muito competentes, mas mais que isso, existe um ambiente muito favorável a ajudar muito quem assumir o comando do São Paulo. O grupo de jogadores também, faço até um agradecimento público ao apoio que os jogadores vêm dando. Isso me impressionou porque não sabia que tipo de reação eles teriam comigo, foi muito tranquilo tocar a semana aqui, natural.
Algo surpreendeu?
A resposta positiva que o time deu no jogo, a gente foi audacioso em mudar diversas coisas da rotina deles de jogar e de pensar o jogo, com o risco que se tinha de a equipe se atrapalhar por essas novidades. Treinamos pouco, mas tivemos muito uso das ferramentas visuais daqui, e a equipe executou a perfeição tudo o que pedimos.
Como é trabalhar com os meninos da base aqui no profissional?
Não tem dúvida que está sendo muito bom, porque o vínculo que criamos foi muito grande, e claro que o pessoal de Cotia é referência pra eles. Tenho certeza de que eles se sentem de alguma maneira benquistos. Hoje, essa integração entre Cotia e Barra Funda está funcionando muito bem.
Qual é a expectativa de dirigir o time no Morumbi?
A expectativa é muito boa, com um pouco de ansiedade de ter esse primeiro contato com a torcida no profissional. E a torcida do São Paulo me impressiona pela capacidade de mobilizar, apoiar, e posso afirmar que quem está ali dentro do campo se arrepia mesmo. Quando a gente se sente respaldado dá uma gana a mais, e a minha ansiedade por viver esse momento pela primeira vez é a realização de um dos sonhos que tenho. A gente espera que seja um jogo bom, que a gente conquiste a vitória e saia uma relação bacana com a torcida.