LUIS MOURA/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO
Andres Chavez tem somente nove partidas pelo São Paulo e já balançou as redes seis vezes. Os números, reforçados ainda por uma assistência, fizeram o atacante ganhar as manchetes na Argentina e ser entrevistado pela rádio La Red, de Buenos Aires, nesta terça-feira. E o Comandante explicou as razões para a fase artilheira: os zagueiros brasileiros são “distraídos”.
“Não é que marcam menos do que na Argentina, mas são um pouco mais distraídos os zagueiros brasileiros. Só que isso também me obriga a estar mais atento para buscar as oportunidades difíceis. Mas sim, tenho conseguido tirar vantagem. Adaptei-me bastante rápido e tenho feito as coisas muito bem. Estou contente que tudo está saindo bem”, comemorou.
No Boca Juniors e no Banfield, clubes argentinos que dividem igualmente seus direitos econômicos, Chavez contou que era usado mais como um jogador de lado, mas que agora tem se firmado como centroavante. O apoio dos meias, Cueva e Kelvin, foi elogiado pelo atacante, que aos poucos faz a torcida são-paulina esquecer Jonathan Caller.
O também argentino marcou 16 gols em 31 partidas antes de sair para o West Ham (ING) e ganhou música da torcida: “ô, ô, ô, toca no Calleri que é gol”. A canção ficou adormecida desde que Jony saiu, mas o início arrasador de Chavez fez com que os torcedores a resgatassem. No último domingo, contra o Figueirense, o grito foi adaptado para o Comandante.
“É diferente ser querido aqui no Brasil e na Argentina. No domingo me deram muito carinho antes, durante e depois do jogo. Isso tudo tem me deixado contente. Cantaram a mesma canção que cantavam a Jony e isso me animou (risos). Não falo nada em português para cantar, mas é algo como “ô, pasa para Chavez que hace gol”, brincou, fora de ritmo.
Acho Calleri um centroavante muito mais trombador e oportunista.
Mas Chávez é muito mais letal e ainda tem muito mais experiencia, levando muito menos amarelos que o Jony. Além de jogar pelos lados, o que o torno um atacante com capacidade de dar assistências quando sai da área.
Que continue assim: “Tinha que ser o Chávez de novo!!!!”