Patadas y gambetas – UOL – Tales Torraga
Enquanto o São Paulo passa apuros sem Jonathan Calleri, o atacante argentino, hoje no West Ham, da Inglaterra, vive simplesmente a pior fase da carreira.
São sete jogos pelo clube e nenhum gol marcado, algo que Calleri jamais viveu.
Sua média no São Paulo e no Boca Juniors foi de 0,51 e 0,37 gols por jogo. E com um traço em comum – balançar as redes logo de cara. Nem no All Boys, onde nasceu para o futebol, sofreu no começo. Quando ficou sem fazer gols – no São Paulo foram 11 jogos em zero -, já comprovara capacidade marcando na chegada.
Desses sete jogos pelo West Ham, Calleri foi titular em três. Soma 299 minutos em campo. Jamais começou e terminou o mesmo jogo. Seu time é o antepenúltimo no Inglês, só 3 pontos conquistados em 18 possíveis. Re complicado, Jony.
No domingo, na derrota em casa por 3×0 para o Southampton, Calleri, atual artilheiro da Libertadores, por opção técnica, nem no banco do West Ham ficou.
Uma razão para a escolha é a efetividade – ou melhor, a falta dela. O argentino deixou o campo sem sequer uma finalização a gol em quatro dessas sete partidas.
Seu entorno minimiza o momento e credita a seca à normal adaptação de um jogador de 23 anos que está em sua primeira experiência na Europa. Mas é bom Calleri se preocupar se quiser recuperar o status que tinha no São Paulo, o de cobiçado por grandes europeus e certo convocado para a seleção argentina.
Argentina, aliás, que ficou bastante irritada com sua atuação na Olimpíada. Programas de TV e rádio colocaram em suas costas a culpa pela eliminação na primeira fase, chamando-o de ‘máquina de perder gols’.
‘A ber’, como sempre diz Bauza. Se hoje falta gol a Calleri, certamente não vão faltar times na América para corrigir suas fugas de rota. Tranqui, Jony. Re tranqui.