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No Campeonato Brasileiro, o São Paulo só supera o lanterna América-MG em número de gols: 27 a 19. Na análise da comissão técnica e diretoria, esse é um dos fatores para a situação complicada da equipe na competição, da qual é a 12ª colocada, com 34 pontos, apenas quatro acima da zona do rebaixamento.
Uma das apostas para acabar com a seca de gols é a contratação do meia Jean Carlos, que foi apresentado à imprensa na última terça-feira. O novo camisa 20 tricolor chega credenciado por suas boas passagens no São Bernardo e Vila Nova-GO.
Antes de assinar contrato até o final do Campeonato Paulista de 2017, Jean foi fundamental na vitória por 3 a 1 da equipe do ABC sobre o Tricolor no Estadual deste ano, em pleno Pacaembu, marcando um gol e dando passe para outro. Pela agremiação de Goiânia, o jogador de 24 anos se destacou ao liderar o ranking de assistências da Série B, com oito passes decisivos.
Em sua primeira entrevista coletiva como jogador do São Paulo, Jean Carlos se definiu como um armador que prefere atuar pelo meio do campo. Caso suas características se confirmem, o time treinado por Ricardo Gomes deve elevar a quantidade de gols nas próximas partidas.
“Sou jogador bem dinâmico, gosto de deixar meus companheiros na cara do gol, correndo o campo todo”, retratou-se, revelando ser um trunfo nas jogadas de bola parada.
“Todo jogador, ainda mais de frente, se sente incomodado quando a bola não entra. Estamos trabalhando, acho que vou ajudar na bola parada, tenho uma bola parada muito forte. Espero que saiam gols dos meus pés, tanto assistências quanto gols meus”, disse o meia, que, após se recuperar de uma lesão na coxa direita, pode estrear neste sábado, contra o Flamengo, pela 28ª rodada do Brasileiro.
A seca de gols do Tricolor também foi tema para um diagnóstico do diretor-executivo de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha. O dirigente atribuiu às saídas de Paulo Henrique Ganso, Jonathan Calleri, Alan Kardec, Kieza e Rogério como influências para a queda de rendimento no setor ofensivo.
“A ineficiência do ataque foi justamente a saída dos grandes jogadores. Foram cinco ou seis do ataque. Kieza também veio e foi. Perdemos o poder ofensivo. Estamos tentando arrumar. O (Christian) Cueva é jovem, (Andres) Chavez também fez seus gols e agora está um pouco sem fazê-los. Temos de aproveitar mais as nossas bolas paradas”, ressaltou o diretor.
Sem marcar nas duas últimas partidas, sendo as derrotas para Atlético-PR (1 a 0) e Vitória (2 a 0), o São Paulo ainda pagou o preço de sua ineficiência do ataque na Copa do Brasil, em que foi eliminado para o Juventude, equipe que disputa a Série C, em função do critério de gols fora de casa – venceu por 1 a 0, em Caxias do Sul, mas perdeu o jogo de ida por 2 a 1, no Morumbi.
E em apenas sete das 27 rodadas do Brasileiro o time marcou mais de uma vez na partida. “Os números não são bons, mas ao mesmo tempo somos o quarto time da América”, ponderou Marco Aurélio, citando a campanha de semifinais da Copa Libertadores.
“Perdemos jogadores e, por causa da Libertadores, não demos tanta atenção ao Campeonato Brasileiro. Perdemos várias peças ofensivas e está ocorrendo uma readaptação. Vamos trabalhar muito nesse fim de temporada”, concluiu o diretor.