Por Rubens Chiri / saopaulofc.net
Dos 19 anos de idade, nove foram dedicados ao Tricolor: este é o jovem David Neres, que na última segunda-feira (17) diante do Fluminense (2 x 1) iniciou a sua trajetória na equipe profissional. O jogador, que iniciou o processo de monitoramento no clube aos 10 anos, tem na ponta da língua a data de sua chegada ao clube. “Cheguei no dia 28 de setembro de 2007, um dia antes do aniversário do meu pai (Miguel), que é são-paulino fanático. Ele disse que foi o melhor presente que já recebeu”, revela.
Assim como Lucas Fernandes e Luiz Araújo, o atacante foi destaque da equipe Sub-20 multicampeã: Libertadores (16), Copa do Brasil (artilheiro com seis), Copa Ouro e Copa RS, em 2015. No último ano, foi o atleta que mais atuou (63 dos 66 jogos), o maior assistente (19 passes) e o vice artilheiro (24 gols) da categoria. “Conquistar a Libertadores foi especial, porque o torcedor gosta muito deste torneio. Foi um momento marcante, e muito importante para a nossa categoria de base”, afirma.
Uma cirurgia no ombro realizada em março de 2016, porém, adiou sua promoção ao time principal. “Fiquei com medo de não voltar bem, porque estava na minha melhor forma no CFA. Mas a estrutura do São Paulo me ajudou bastante, me recuperei bem e consegui voltar sem restrição. Voltei com confiança e tranquilo para trabalhar e mostrar o meu futebol”, acrescenta David Neres, que cumpriu todas as etapas na sua formação até integrar o dia a dia do CT da Barra Funda.
“A ficha caiu aos poucos. Primeiro, quando comecei a treinar no CT da Barra Funda, viajar com o time e ficar no banco de reservas. E, depois, com a estreia. Contra o Fluminense, a ficha caiu realmente. Quando o Ricardo Gomes me chamou, fiquei um pouco nervoso e com frio na barriga. Mas depois que entrei em campo isso passou. Felizmente deu tudo certo e conseguimos a vitória. Fiquei muito contente, principalmente pelo resultado”, completa o atleta, que dedicou a sua boa estreia ao clube.
“O São Paulo precisava da vitória. Era um momento complicado, e por isso dediquei a minha estreia ao clube. O São Paulo sempre me ajudou, desde a base e por isso tento retribuir dentro de campo. Agradeço por cada oportunidade de defender esta camisa desde a base. Vamos deixar esta má fase para trás e conquistar coisas boas no futuro”, projeta.
Se no campo o atacante inferniza os adversários e dá trabalho aos marcadores, fora das quatro linhas o atacante é mais tranquilo. “Gosto de ficar em casa, com a minha família. Não sou de jogar muito videogame. Prefiro baralho (risos). Já joguei truco com o pessoal do profissional e ganhei todas. Quando jogo com o Luiz Araújo, não tem para ninguém (risos). Nossa dupla é forte”, brinca.