Gazeta Esportiva
Após apostar no colombiano Juan Carlos Osorio para substituir Muricy Ramalho, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, admitiu não ver com bons olhos a escola brasileira de treinadores de futebol. Na visão do mandatário tricolor, os técnicos locais se acomodam pela lógica do emprego garantido e estão atrás dos argentinos, concebidos como mais atualizados e estudiosos no quesito tático.
“Somos um país exportador de atletas, mas quem forma os treinadores é a Argentina. Seis técnicos de lá estarão dirigindo seleções na Copa América. Eles são mais estudiosos que os nossos. Os profissionais brasileiros se acomodam, pois possuem emprego garantido. Vimos exemplos disso nesta semana”, disse Aidar no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.
Adiante, o presidente são-paulino reforçou que promoverá a tranquilidade necessária para que Osorio desenvolva seu trabalho. Após intermediar o contrato com o ex-comandante do Atlético Nacional-COL até dezembro de 2016, o mandatário espera que a aposta colombiana responda bem à escolha, tendo a segurança de um hipotético “prazo de validade ilimitado”.
“Não há outra maneira de ter um treinador se não promover a estabilidade necessária para que ele trabalhe. O São Paulo já sofreu várias derrotas consecutivas e nunca deixou de prestigiar seu técnico. Até no momento de dispensar, o clube esperava o desempenho se equilibrar, pois respeita muito o ser humano. Por isso, mesmo que o Osorio perca várias partidas seguidas, ele tem um prazo de validade ilimitado. Deixa o clube quando quiser, talvez para treinar a Colômbia”, projetou o mandatário.
Após estrear com vitória sobre o Grêmio, por 2 a 0, no estádio do Morumbi, Osorio tem como próximo desafio à frente do São Paulo o duelo contra a Chapecoense, sábado, às 16h30 (de Brasília), na Arena Condá. O clube tricolor é o vice-líder do Campeonato Brasileiro, com 13 pontos conquistados.
Os argentinos na Copa América – Além de Gerardo Martino, que dirigirá a Argentina, o país alviceleste possui cinco técnicos na competição: Jorge Sampaoli (Chile), Jose Pékerman (Colômbia), Ricardo Gareca (Peru), Ramón Diaz (Paraguai) e Gustavo Quinteros (Equador).