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O São Paulo se caracterizou nos últimos anos por fazer grandes festas de recepção para jogadores que marcam história defendendo a camisa do clube nos gramados. Assim foi quando Luis Fabiano e Kaká voltaram ao Tricolor do Morumbi. Sem a mesma pompa, mas também sob muitas homenagens, Lugano foi recepcionado de forma diferenciada. Agora chegou a vez de Rogério Ceni, para muitos, o maior ídolo de todos os tempos do São Paulo. Mas, quem espera um show de pirotecnia, estádio cheio e muito rock and roll, pode se surpreender. A tendência é uma apresentação discreta. Oposto a grande festa promovida pelo clube para sua despedida como jogador de futebol.
O evento deve ocorrer na próxima terça-feira, por volta do meio dia, no CT da Barra Funda, local onde o ex-goleiro passará a trabalhar a partir de janeiro. O São Paulo sabe que contratou um ídolo que carrega um nome pesado, mas quer, dentro do possível, mostrar que tomou a decisão por acreditar no que Ceni pode fazer à frente do time, e não só por sua representatividade.
Desta forma, o clube espera que a própria imprensa acabe fazendo o papel natural de enaltecer e repercutir o retorno de Rogério Ceni à casa por onde esteve nos últimos 25 anos. Obviamente, o São Paulo não tratará a apresentação de seu novo técnico como um evento qualquer, mas será cauteloso para não forçar demais na questão da idolatria.
A apresentação também poderia acontecer na segunda-feira, mas, o fato do Palmeiras ter grandes chances de conquistar o título Brasileiro no dia anterior foi determinante para a escolha. Houve quem defendesse que Ceni fosse apresentado oficialmente dia 5, dia seguinte a última rodada do nacional, mas retardar algo tão latente no dia a dia do clube por mais uma semana fez com que a ideia fosse abortada.
Enquanto isso, Rogério Ceni segue evitando os jornalistas. E assim deve ser até sua primeira entrevista coletiva. O agora treinador já começou a trabalhar nas questões que estão ao seu alcance, como na observação de jogadores, tanto do profissional quanto da base, além de participar do planejamento do elenco para o ano que vem junto à diretoria.
Internamente, o clima é de muito otimismo diante da empolgação que Ceni demonstrou ao levar um projeto à cúpula tricolor e aceitar receber um salário inferior ao de Ricardo Gomes, com boa parte vinculada a metas atingidas. A velha gana de vencer e alcançar os objetivos traçados de Ceni mexeram com cartolas, que mesmo cientes dos riscos do negócio, preferem apostar que a chegada do ex-camisa 01 pode, enfim, recolocar o São Paulo como protagonista no país.