De provocação a golaço, as lições que Palmeiras e SP tiraram do 1º clássico

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UOL – Diego Salgado e Pedro Lopes

  • Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no dia 25 de março, com vitória alviverde por 3 a 0Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no dia 25 de março, com vitória alviverde por 3 a 0

Exatos três meses depois, Palmeiras e São Paulo voltarão a se enfrentar. Desde 25 de março, muitos fatos aconteceram nos dois clubes. Os elencos, por exemplo, mudaram. O time palmeirense ganhou mais alguns reforços, enquanto o rival perdeu três jogadores do elenco.

Os comandos técnicos, por sua vez, foram trocados. Oswaldo de Oliveira deu lugar a Marcelo Oliveira no Palmeiras. No São Paulo, Muricy Ramalho deixou o cargo e foi substituído por Milton Cruz. Há quase 30 dias, Juan Carlos Osorio foi apresentado no time do Morumbi.

De lá para cá, o time alviverde conseguiu chegar à final do estadual e derrapou no começo do Campeonato Brasileiro. Já o São Paulo acabou eliminado no Paulistão. Na Libertadores, conseguiu a classificação às oitavas de final ao vencer o Corinthians no Morumbi, mas caiu diante do Cruzeiro. No Brasileirão, chegou á liderança da competição ao término da sétima rodada.

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Na primeira e única partida entre os dois times na temporada 2015, o Palmeiras levou a melhor, atropelando o rival e vencendo por 3 a 0. A partida, ainda disputada pelo Paulistão, deixou algumas lições para serem seguidas pelos dois times.

Não cair em provocações dos rivais
Naquele jogo, no Allianz Parque, o São Paulo perdeu Rafael Toloi nos primeiros minutos depois de o zagueiro revidar uma cotovelada do meia-atacante Dudu. Na ocasião, o zagueiro acertou um chute no palmeirense e levou o vermelho. Depois, Michel Bastos também acabou expulso.

O São Paulo, no entanto, aprendeu a lição: contra o Corinthians, na última partida da primeira fase da Libertadores, Toloi provocou a expulsão de Emerson Sheik – o corintiano deu um chute por trás no são-paulino e recebeu cartão vermelho.

Arriscar chutes de longe
É impossível esquecer o gol de placa de Robinho diante do São Paulo naquela partida, marcado quase do meio de campo. Na ocasião, Rogério Ceni culpou o gramado do estádio alviverde pelo gol do rival, pois errou a reposição de bola.

Neste domingo, a grama estará em condições boas após a empresa que cuida do local fazer um trabalho de recuperação. Mas, nas palavras dos próprios responsáveis, o campo não estará 100%. Isso faz com que os chutes de longe continuem caminho para o gol.

Usar uma referência na área e Rafael Marques aberto
No primeiro jogo entre Palmeiras e São Paulo, Rafael Marques marcou duas vezes: as duas aparecendo pela direita, na segunda trave, e aproveitando cruzamento da esquerda. Para não dizer que foi algo fortuito, o atacante também marcou gols similares contra o Corinthians, tanto no Paulistão (2 a 2, com vitória do Palmeiras nos pênaltis), como no Brasileirão (triunfo alviverde por 2 a 0 em plena Arena Corinthians).

Com um atacante de referência, Rafael muitas vezes aparece como surpresa na área, sempre na segunda trave. Jogando assim, é artilheiro do Palmeiras na temporada. Marcelo Oliveira, na quinta-feira, treinou com Leandro Pereira centralizado e Rafael Marques aberto.

Evitar gols no início
Juan Carlos Osorio ainda estava longe de assumir o time do São Paulo, mas notou que o time tricolor começou a perder o clássico contra o Palmeiras nos primeiros lances do jogo. “O time tomou um gol com três minutos. Com 20, já estava 2 a 0. Estudamos esse jogo para ver as coisas que precisam ser feitas para ganhar o jogo”, disse o treinador colombiano.

Antes mesmo da chegada do colombiano, já no clássico contra o Corinthians, em abril, o time mostrou avanço em relação à postura no início do jogo contra o Palmeiras. Na Libertadores, contra o rival alvinegro, a equipe são-paulina venceu por 2 a 0, sem sustos. Na semifinal do Paulistão, contra o Santos, o time perdeu por 2 a 1, mas o primeiro gol do adversário saiu depois dos 30 minutos do primeiro tempo.