UOL – Eduardo Ohata e José Eduardo Martins
Rubens Chiri /SaoPauloFC.net
Votação para a aprovação ou não do estatuto será neste sábado, complexo do Morumbi
O São Paulo pode mudar uma página importante de sua história. Neste sábado, no ginásio 4 do complexo social do Morumbi, os sócios votam a favor ou não do novo estatuto do clube.
Em novembro, o texto já havia sido aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo. Nos últimos dias, apenas poucos conselheiros ainda tentaram atuar nos bastidores para evitar a aprovação.
Ou seja, a expectativa é de que o estatuto seja aceito mais uma vez. Mas para não haver surpresa, nesta semana, a maior parte dos integrantes de grupos de oposição e situação deixaram de lado as questões políticas para trabalhar pelo estatuto.
“Gostei do novo estatuto e me esforcei para que ele seja aprovado, agora, pelo associado. O clube continua presidencialista e não há mais reeleição, o que é importante”, destacou José Roberto Opice Blum, presidente do Comitê de Ética do clube e opositor ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
“Fizemos encontros e atuamos também no corpo a corpo com os sócios para ajudar na aprovação do estatuto”, completou o conselheiro Olten Ayres de Abreu Júnior, também de oposição.
Por outro lado, a unanimidade do Conselho surpreendeu até mesmo o presidente Leco, pois ainda neste ano houve um movimento organizado contrário ao texto. Uma das reclamações destes opositores ao estatuto era de que o voto deveria ser secreto por eles entenderem que há uma intimidação do grupo da situação que impediria o conselheiro de ter a liberdade protegida para escolher aquilo que entendesse ser correto.
“Confesso que não esperava isso [aprovação unânime], porque tenho ouvido, e isso acontece, posições divergentes que têm caráter político, coisas de interesse. O poder fascina e as pessoas de alguma forma usam os pretextos e os caminhos possíveis para combater, criticar e perturbar. Para perturbar a administração existe uma pequena oposição especialista, fazem todo dia, mas estamos superando tudo isso. O fundamental é o que há de maior, é o São Paulo”, afirmou Leco.
Nesta semana, por exemplo, os integrantes da Comissão de Sistematização, órgão responsável por redigir o texto do estatuto, participaram de encontros com associados para explicar as mudanças no clube.
Entre as principais alterações aparecem o fim da reeleição presidencial, a profissionalização do presidente e dos diretores executivos, além da criação de um Conselho de Administração. Se aprovado, o estatuto será válido a partir de abril de 2017, após as eleições presidenciais.