Sem Globo, SPFC precisa de empréstimo de até R$ 10 mi ou venda de jogador

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Blog do Perrone – UOL

Após seu Conselho Deliberativo vetar a proposta de renovação com a Globo, o São Paulo precisará fazer em préstimo de até R$ 10 milhões ou vender jogador para pagar a segunda parcela do 13º salário e completar a folha salarial de janeiro. Mesmo assim, alguns pagamentos que vencerão neste mês serão adiados para o início de 2017, quando o clube receberá US$ 3,1 milhões de transferência de atleta.

Entre os vencimentos de dezembro está uma prestação da compra de Maicon. “Não existe risco de não pagarmos os compromissos, apenas adiei soluções em virtude do dinheiro que poderia entrar da Globo. Estamos estudando qual caso podemos prorrogar”, afirmou Adilson Alves Martins, diretor financeiro do São Paulo.

Ele também disse que não existe possibilidade de atraso no pagamento da próxima parcela do 13º salário e nem das remunerações de janeiro dos jogadores.

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Ainda de acordo com o cartola, o clube não terá prejuízo ao precisar trocar o dinheiro que receberia de luvas e adiantamento da emissora pelo contrato para a transmissão dos jogos do Brasileirão em TV aberta a partir de 2019 por empréstimo bancário. “A (antecipação que seria feita pela) Globo teria juros, e vamos pagar juros ao banco. Apenas o alongamento (da dívida do clube) foi prejudicado”, declarou Adilson.

Entre as causas que fizeram os conselheiros rejeitarem o acordo com a Globo estão o valor das luvas considerado baixo perto do que foi recebido no contrato de TV fechada (R$ 20 milhões contra R$ 60 milhões), falta de assinatura de executivo da emissora na proposta, a alegação de que o conselho teve pouco tempo pra analisar a oferta e o fato de a negociação ter sido tocada por Ataíde Gil Guerreiro, diretor de relações institucionais e com forte rejeição no órgão.

A direção são-paulina alega que as luvas foram menores porque não há concorrência na TV aberta como houve na fechada com o Esporte Interativo. A diretoria também afirma que a proposta levada ao conselho foi encaminhada pela Globo, tem valor legal e que não poderia ser apresentado um contrato assinado justamente porque era necessária a aprovação dos conselheiros. Sustenta também que o contrato para transmissão de TV fechada foi aprovado em condição semelhante.

Em relação à suposta falta de tempo para análise, a diretoria afirma que ficou à disposição dos conselheiros para explicações. Segundo Adilson apenas três deles, sendo só um da oposição, o procuraram.

Durante a reunião em que o veto foi decidido, na última terça, o conselheiro Júlio Casares chegou a propor o adiamento da votação e a criação de uma comissão para estudar a proposta mas a diretoria rechaçou a ideia.