Paralelamente à busca por reforços para a temporada 2017, o São Paulo tenta neste período de férias manter algumas de suas principais peças. No papel, Rodrigo Caio e João Schmidt estariam garantidos para o ano que vem, mas a vontade dos atletas e o interesse do exterior podem abreviar o tempo deles no clube.
O volante tem vínculo com o Tricolor até 30 de junho de 2017. Assim, ele pode assinar um pré-contrato com outro clube a partir do dia 30 de dezembro. Para seguir no Morumbi, João pediu um salário superior a R$ 200 mil, quantia que a diretoria não mostrou estar disposta a pagar na primeira conversa.
Nesta temporada, sob o comando de Edgardo Bauza, Schmidt participou de partidas importantes na Copa Libertadores da América e terminou o Campeonato Brasileiro como titular. Ao todo vestiu a camisa tricolor em 32 jogos, marcando dois gols.
“Meus empresários estão cuidando disso, eu tenho contrato, estou o cumprindo, e acredito que eles vão resolver isso da melhor maneira possível”, confia o atleta de 23 anos, considerando este ano como positivo para sua carreira.
“Acho que 2016 foi o ano em que eu mais joguei aqui no São Paulo. Claro que coletivamente não foi como nós esperávamos, mas individualmente eu acho que fiz um bom ano. Cada dia a gente tem que mostrar o nosso valor”, analisou.
Para torcida e diretoria, perder João Schmidt não seria uma catástrofe. Não é o caso de Rodrigo Caio, que é visto por dirigentes e pelo técnico Rogério Ceni como engrenagem fundamental no time de 2017. Com a mesma idade de Schmidt, ele é admirado por seu comportamento tanto dentro de campo quanto fora das quatro linhas.
Rodrigo Caio tem contrato até outubro de 2018, mas o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, quer renovar o vínculo o quanto antes – com salário e multa rescisória maior. A diretoria entende que o defensor, campeão olímpico e com convocações para a Seleção principal, pode ser ainda mais valorizado e vendido por um preço mais vantajoso futuramente.
Um apelo de Rogério Ceni teria peso na renovação do zagueiro com o clube do Morumbi. “Eu sempre deixo bem claro que o Rogério é um ídolo, uma pessoa que admiro, gosto de ficar perto dele porque aprendo muito”, afirmou Rodrigo, sem ter certeza sobre seu futuro. “Vou deixar nas mãos de Deus, tem muita coisa que pode acontecer, mas se eu ficar no São Paulo pode ter certeza que eu vou fazer o meu melhor como sempre”, concluiu.
Enquanto busca renovar com seus atletas de defesa, o São Paulo monitora o mercado em busca de reforços. Wellington Nem foi o primeiro a ser anunciado, emprestado pelo ucraniano Shakhtar Donetsk. O goleiro Sidão já foi aprovado nos exames médicos e só falta assinar para virar a segunda contratação. Para o ataque, o clube espera acertar com Cristian Colmán, do Nacional, do Paraguai, ainda antes do fim do ano.