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Pedro Cuenca
Calleri ficou pouco tempo no São Paulo, apenas seis meses. Foi tempo suficiente para a torcida gostar do jogador e o amor ser correspondido. O argentino saiu após a Libertadores, foi para o West Ham, mas seu nome continua sendo ecoado pelos corredores do Morumbi. O grito de “toca no Calleri que é gol” ainda sai naturalmente das bocas tricolores. E aí surgiu a chance de sua volta.
O atacante nunca nos abandonou. Mesmo na Inglaterra, mandava vídeos cantando músicas tricolores, dizia que estava de olho nos jogos do time e enfatizou em muitos momentos seu desejo de um dia voltar ao São Paulo. Mas, como nossos pais sempre dizem desde que somos crianças, querer não é poder.
Calleri quer voltar ao São Paulo. Os tricolores querem a volta do atacante. O pai do jogador também. Isso é um bom começo, mostram que estão em sintonia, mas nos faz esquecer que existe um clube que hoje o emprega e investidores que colocaram dinheiro no atleta e não querem ficar no prejuízo.
O grupo de empresários pagou uma bolada em dólares para ter Calleri como seu jogador, o colocou no Deportivo Maldonado, do Uruguai, e depois o emprestou para São Paulo e West Ham. Acham mesmo que eles vão aceitar o prejuízo com o jogador saindo da Europa, em um enorme centro como a Inglaterra, e aceitando voltar para o Brasil apenas por amor? Claro que não, né? Mesmo que aceitem essa loucura, o Tricolor acabaria tendo que pagar alguma coisa e dinheiro não está jorrando nas fontes do Morumbi.
Logo, o caminho mais possível de Calleri seja em algum clube europeu nessa janela de transferências. O Las Palmas, da Espanha, já demonstrou interesse no atleta. Além disso, não podemos desconsiderar sua permanência no West Ham, principalmente se o técnico Slaven Bilic, que o ignora há meses, sair do comando e alguém novo entrar no clube. O Sevilla, meses atrás, também surgiu como opção. Nomes e lugares não faltam, claro.
O carinho encontrado no Morumbi não vai aparecer novamente na vida de Calleri, talvez nem mesmo no Boca Juniors. Foram alguns gols, a maioria importante, mas nenhum título, infelizmente. A vontade é de voltar, mas não podemos nos iludir com a situação. É difícil, praticamente impossível, mas nada nos impede de torcer. Calleri, porém, neste momento, não passa de um sonho no infernal verão de janeiro.