Rogério Ceni não se ilude e já começa a se preparar para guerra de egos

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Gazeta Esportiva

Há dez dias comandando os treinos do São Paulo, Rogério Ceni tem ouvido elogios de todos os lados. Tanto os jornalistas quanto os atletas da equipe não se cansam de citar a forma inovadora e dinâmica do ex-goleiro trabalhar e comandar as atividades. Apesar de aprovar o comportamento do grupo e retribuir os elogios sempre enaltecendo o comprometimento dos jogadores. Mas agora está chegando o momento de escolher os 11 titulares. O clima de ansiedade é grande, a expectativa por vitórias, pela entrada de peças novas… Por isso, Rogério Ceni não se deixa iludir e começa a se preparar para administrar os egos e as vaidades, e manter todo mundo focado no trabalho.

“Daqui uma semana, quando estrearmos contra o River (ou Millonarios, dia 19), aí sim começam a ser gerados os sentimentos mais variados. Hoje é tudo 100%, todo mundo contente, mas meu primeiro foco é não lidar com isso, através da vitória, do trabalho diário, da convicção de que podemos ser campeões. É dessa maneira que eu tento incutir na cabeça deles”, explicou o ídolo e comandante são-paulino ao Sportv, ciente de que a rivalidade interna também é importante para sua equipe obter o sucesso esperado.

Novo comandante tricolor (Foto: Sergio Barzaghi/ Gazeta Press)Novo comandante tricolor quer conquistar a confiança do elenco (Foto: Sergio Barzaghi/ Gazeta Press)

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“Somos um grupo de 28 jogadores, todos felizes, mas infelizmente o jogo é para 11. Agora, com a chegada do Cueva e do Cícero, que estão integrados, a cada treino três ficam de fora. Então, agora é a parte de administrar os egos, as individualidades. A concorrência é muito boa”, comentou.

Neste domingo, o Tricolor do Morumbi faz seu segundo jogo-treino em Bradenton, nos Estados Unidos. Depois de aplicar 9 a 1 na equipe amadora do Sarasota, Rogério Ceni colocará seu time para enfrentar o Boca Ratón, de Amoroso, com portões fechados, já de olho na estreia da Copa Flórida. Apesar disso, o técnico deixou claro como enxerga o potencial do seu elenco.

“Bruno e Wesley pela direita muito parelhos, Buffarini e Júnior, uma grata surpresa, muito parelhos. Meio de campo vários jogadores que podem jogar. Na zaga, quatro opções do mesmo nível. Enfim, nós temos Neres que não está aqui, Neilton, Wellington Nem pelos lados de campo, enfim, nós temos várias competições individuais aqui dentro e a gente vai ter que administrar isso. E eles vão ter que entender que o treinador só tem 11 para escalar”, reforçou, sem esconder sua maior preocupação nessa sua nova fase na carreira.