Gazeta Esportiva
O São Paulo de 2017, agora sob o comando de Rogério Ceni dará sua primeira cara na quinta-feira, na partida contra o River Plate, pela semifinal da Copa Flórida. E apesar de ser apenas a primeira partida oficial do time na temporada, o torcedor já poderá ter novidade. Isso porque Rogério Ceni está buscando o esquema tático que melhor de adapte ao atual elenco e parece cada vez mais convencido de mandar a campo uma formação com três zagueiros, algo que o Tricolor do Morumbi não adota há muito tempo e sequer foi experimentado ano passado.
“Não é exatamente o modelo de jogo que vamos usar na temporada, mas acho que era um esquema de jogo que não tinha sido usado pelo São Paulo no ano passado, que eu gosto bastante, o 3-4-3, que também pode ser 3-4-2-1, como foi usado muitas vezes, jogando sempre em diamante. Mas nada que não possa ser alterado”, explicou o ex-goleiro, à Espn. “A gente escolhe o que é melhor para iniciar e também analisa o adversário”, completou.
E engana-se quem pense que a maior dúvida de Rogério Ceni esteja apenas nas duas primeiras linhas. O treinador também não descarta mexer no ataque. Nesse setor, os testes serão no sentido de ter ou não um homem de referência, como Andres Chavez depois que Jonathan Calleri deixou o clube para se transferir para a Inglaterra.
“É possível jogar com um falso 9, sim. Vemos isso em vários times, o Barcelona é um exemplo. Pode acontecer, sim, de jogar sem um nove de origem. Eu vejo o Chavez como um complemento de um nove, mas ele vem jogando de 9 no São Paulo”, disse Rogério Ceni, que também está observado um dos atletas mais contestados pela torcida e que já parecia não ter mais clima para continuar no São Paulo.
“O Wesley é muito versátil, vem demonstrando muito comprometimento. Pode jogar como ala, lateral, segundo, terceiro homem de meio-campo”, ressaltou o comandante.
Nos dois jogos-treinos que fez em Bradenton, nos Estados Unidos, a equipe são-paulina iniciou com três zagueiros, variando entre o 3-4-1-2 e o 3-4-3. Ceni até testou o time no 4-3-3 ou no 4-1-4-1, mais para sentir a reação dos jogadores e também para preparar o time para eventuais necessidades de mudança dentro de uma partida. Parece cada vez mais claro que o São Paulo terá um novo desenho no gramado.
Rogério Ceni só não parece muito conclusivo e seguro quando questionado sobre a posição que conhece tão bem: a de goleiro. Em meio às divergências sobre a manutenção de Denis ou não, a necessidade de dar oportunidades a Sidão, contratado a seu pedido, inclusive, e a Renan Ribeiro, o técnico ainda prefere despistar.
“Não tenho isso definido. Tivemos infelizmente a lesão do Renan, que teve de deixar os Estados Unidos para se tratar no Brasil, então fica o Thiago (Couto), que tem 17 anos, mais o Sidão e o Denis. Estamos dando 45 minutos para todos, o que não impede de um goleiro jogar uma, duas, três partidas, e entrar outro para jogar algumas outras partidas”, avaliou.