LANCE
Diretoria do São Paulo acertou venda de garoto ao Ajax no início da semana e agora precisa encontrar peça de reposição no ataque; Rogério, novo reforço e Caíque na mira
Rogério Ceni não desejava ter o ataque, seu setor mais carente do elenco, desfalcado nesta janela de transferências. Mas nem por isso reclamou da decisão da diretoria de vender David Neres ao Ajax na última terça-feira, em transação que pode render até R$ 50 milhões ao clube. O técnico só espera que os cartolas agora encontrem uma solução para a baixa.
– Logicamente eu contava com o Neres, mas também o outro lado. Temos que entender as dificuldades financeiras do clube. A proposta era boa, o jogador tinha um salário relativamente baixo em comparação ao restante do elenco, e isso fascina o jogador. Era difícil segurar nessas condições. Mas conseguimos segurar o Luiz Araújo, que vejo com o mesmo potencial. Eles entenderam que não poderíamos perder os dois agora. Desejo felicidade ao Neres, só uma pena que não pude treiná-lo. Entendo a necessidade financeira, mas lamento ter sido na minha vez (risos) – ponderou o Mito.
Ceni apresentou três opções para a diretoria. Sua prioridade é antecipar a volta de Rogério, que está emprestado até maio ao Sport. Os pernambucanos querem o volante Wellington e falam ainda em ressarcimento financeiro, já que pagaram R$ 2,5 milhões pelo empréstimo e pela compra de 25% dos direitos econômicos do jogador. A segunda opção é prospectar um novo ponta no mercado para concorrer com Wellington Nem, Neilton e Araújo.
– O Rogério seria muito importante para mim. Mas dentro do que soube, só tem volta garantida para maio. Quero ter quatro atacantes de lado, estamos tentando com o Sport, o departamento jurídico está analisando o caso, mas está bem difícil trazê-lo agora. Vamos tentar achar outra saída – disse o técnico, para explicar a terceira de suas opções: promover Caíque do sub-20.
– Pensei nele por acompanhar muito o sub-20. Não vejo semelhanças de jogo com o Neres, até porque começou como lateral e foi avançando, mas tem potencial. Conversei com o pessoal da base, busquei informações. Se não conseguirmos as outras possibilidades, penso no Caíque agora, para subir no fim de fevereiro. Precisamos de gente nesta posição, que desgasta muito os atletas pela alta intensidade o jogo todo.