Gazeta Esportiva
Comandado por Rogério Ceni, o São Paulo visitará o Santos na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. Além de tentar os três pontos, o Tricolor buscará findar um jejum: o de não vencer o Peixe no estádio alvinegro há mais de sete anos.
A última vez que o time do Morumbi atingiu o feito foi em 25 de outubro de 2009. Na ocasião, o ex-goleiro foi decisivo para que os comandados do então técnico Ricardo Gomes fizessem 4 a 3 no Santos de Ganso e Vanderlei Luxemburgo em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro.
Como anunciado pelo placar, o jogo foi bastante movimentado. André, ex-Corinthians e agora de volta ao Sport, abriu o placar para os mandantes. Hernanes, de falta, deixou tudo igual. Pouco depois, Rodrigo Souto recolocou o Peixe em vantagem. Ainda antes do intervalo, porém, o centroavante Washington empatou.
Em um intervalo de oito minutos, a partida seria definida no segundo tempo. Aos 15, Jorge Wagner virou para o São Paulo. Mas Robinho, ex-Palmeiras e agora no Cruzeiro, fez de cabeça o terceiro do Peixe, aos 21. Pouco depois, aos 23, falta para o Tricolor, com Rogério Ceni na bola.
“O jogo estava 3 a 3, e então teve a falta. O Santos colocou os jogadores na barreira, e nós colocamos mais homens na barreira para dificultar a visão do goleiro, que ficou encoberta. A barreira estava relativamente próxima, e por cima a bola não passaria”, disse Ceni, descrevendo a cena decisiva.
“Então resolvi arriscar no canto do goleiro e fiz o 4 a 3. Felizmente saímos vitoriosos, porque o Santos é um time difícil de ser batido em casa. Eles têm uma equipe consistente e que cresceu muitos nos últimos anos na Vila Belmiro. A vitória por 4 a 3 mostrou bem isso, que não é fácil bater o time deles. Depois do gol, soubemos segurar o resultado e conquistamos a vitória. O Santos tem um aproveitamento altíssimo jogando na Vila Belmiro, e sempre foi complicado enfrentá-los lá”, acrescentou.
Desde então, o São Paulo sofreu sete derrotas e arrancou quatro empates no litoral. Considerando apenas o retrospecto de Rogério Ceni na Vila, são oito vitórias, oito empates e 13 derrotas. Como técnico, o duelo contra o Santos será o seu primeiro clássico na nova carreira.
Despedida
No entanto, a Vila Belmiro não provoca apenas boas recordações para Ceni. Em 28 de outubro de 2015, no primeiro minuto da partida de volta das semifinais da Copa do Brasil, ele chutou o chão em um lance com Lucas Lima e sentiu o tornozelo direito. Com dores, resistiu e ficou em campo por todo o primeiro tempo. No intervalo, porém, não aguentou e teve de ser substituído por Denis.
A derrota por 3 a 1 e a consequente eliminação para o Peixe culminaram na última partida oficial de Rogério como goleiro. O maior ídolo da história tricolor não conseguiu se recuperar a tempo de disputar as derradeiras rodadas do Campeonato Brasileiro daquele ano e se despediu da função com 42 anos.