‘Parece que o Rogério me dirige há anos’, exaltou o meia peruano do São Paulo, um dia após decidir clássico na Vila Belmiro contra o Santos
Bruno Grossi – LANCE!
Como melhor jogador do São Paulo desde o segundo semestre do ano passado, Christian Cueva tornou o xodó da torcida do clube e principal arma do técnico Rogério Ceni. Mas se o desempenho ajuda o Tricolor em campo, também traz preocupações. Em dezembro, por exemplo, o Sevilla (ESP) sondou a situação do peruano, que não esconde a vontade de retornar à Europa. Antes, porém, quer se firmar como ídolo no Brasil.
– Meu contrato é até 2020 e até lá sou do São Paulo. Gostaria, claro, de ir à Europa um dia, mas sair campeão daqui. E que Deus permita. Eu sigo trabalhando para isso – afirmou.
E é justamente o trabalho diário no São Paulo que faz o camisa 10 sonhar alto. A chegada de Ceni para treinar a equipe deu novo fôlego aos jogadores. Para Cueva, além dos treinos que não se repetem, o Mito se destaca pela forma como blinda o elenco, como aconteceu após a estreia com derrota por 4 a 2 para o Osasco Audax no Campeonato Paulista.
– A confiança para jogar devemos ter desde que chegamos ao treino, porque o Rogério nos brinda com ela. Ele nos trata como família e se seu pai te dá confiança, você não pode falhar. Ele estava ao nosso lado no momento mais difícil quando perdemos para o Audax, foi quem levantou nossas cabeças. Essa confiança que ele nos dá é a coisa mais importante – ressaltou.
Ceni interferiu diretamente no rendimento de Cueva nesta temporada. Já atuou na linha de meio de campo, com atribuições mais defensivas. Já foi ponta pela esquerda. Até se firmar como “falso 9”, mais centralizado, sem tanta obrigação de voltar e livre para criar por todo o campo.
– Parece que o Rogério me dirige há anos. O trabalho do dia a dia é muito motivante, pela variedade, pela forma de aplicar e pelo perfil ganhador em 25 anos de carreira. Tudo isso ele nos transmite. Tem pouco mais de um mês com ele e já posso assimilar o que pede. E pode pedir mais a mim e todos os companheiros. Temos que buscar isso em um clube grande e manter essa mentalidade vencedora que Rogério tem desde os tempos de jogador – disse.