LANCE
Argentino mostra o faro de gol para ajudar o Tricolor a virar, enquanto o meia peruano precisa superar chances perdidas para aliviar novas falhas da defesa contra o São Bento
Quando o São Paulo recebeu e atropelou a Ponte Preta por 5 a 2 na segunda rodada do Campeonato Paulista, Rogério Ceni gritou no vestiário: todos os pontos no Morumbi deveriam ser conquistados. Era uma forma de inflamar o grupo e fazer com que o apoio da torcida fosse retribuído. Mas para obedecer o chefe e apagar o tropeço do último sábado contra o Mirassol foi preciso suar. A vitória por 3 a 2 sobre o São Bento nesta terça-feira saiu só aos 42 minutos da etapa final, com gol de pênalti contestado pelo adversário.
Sem os grandes públicos da goleada sobre a Macaca ou do empate com o Mirassol – apenas 14 mil torcedores compareceram-, o time da casa demorou a se encontrar. Não havia movimentação, ultrapassagens, ímpeto para marcar em cima. E ainda seria preciso jogar contra a pressão de sair perdendo aos oito minutos, quando Rodrigo Caio errou duas vezes e Pitty abriu o placar.
O empate viria apenas aos 27, em grande jogada de Luiz Araújo e forte cabeçada de Lucas Pratto. Foi como se o time se transformasse. As roubadas de bola voltaram a acontecer no campo de ataque e as tabelas passaram a sair. Assim, foram precisos quatro minutos de segundo tempo para Júnior dar assistência prefeita e ver Pratto virar o placar – terceiro gol em dois jogos do argentino no Tricolor.
Mas não era possível relaxar ou desligar do jogo, como contra o Mirassol. Prova disso é que o São Bento parecia crer cada vez mais no empate e acelerava seu ritmo à espera de um vacilo. E empatou graças a um vacilo triplo: dos botes errados de Bruno e Maicon e do espaço dado por Sidão em seu canto no belo chute de Régis para empatar aos 32 minutos.
O Morumbi foi baixando o volume, tomado de desânimo pelo filme repetido da quarta rodada. Até que Bruno cruzou, Pitty agarrou Chavez e o árbitro Vinicius Furlan marcou pênalti. Cueva, que havia perdido três chances claríssimas na partida, não se omitiu e bateu rasteiro no canto esquerdo para fazer o São Paulo respirar, cumprir o pedido de Ceni pelas vitórias em casa e atingir dez pontos na liderança do Grupo B. O São Bento segue sem vencer no Paulistão, com um ponto.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 3 X 2 SÃO BENTO
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Vinicius Furlan
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo e Daniel Luis Marques
Público/renda: 14.011 pessoas / R$ 339.959,00
Cartões amarelos: Cícero, Buffarini (São Paulo); Denner, Gabriel Santos, Pitty (São Bento)
Gols: Pitty, 8’/1ºT (0-1); Pratto, 27’/1ºT (1-1); Pratto, 4’/2ºT (2-1); Régis, 31’/2ºT (2-2); Cueva, 42’/2ºT (3-2)
SÃO PAULO: Sidão; Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio e Junior Tavares (Bruno – 25’/2ºT); João Schmidt, Thiago Mendes, Cícero; Cueva (Araruna – 42’/2ºT), Luiz Araújo (Chavez – 28’/2º) e Pratto. Técnico: Rogério Ceni.
SÃO BENTO: Rodrigo Viana, Régis, Pitty, Gabriel Santos, Fábio Bahia, Denner, Leandro Melo (Magrão – 10’/2ºT), Itaqui, Guilherme Queiroz (Bebeto – 10’/2ºT), Giovanni (Rodrigo Dantas – 24’/2ºT) e Renan Mota. Técnico: Paulo Roberto.