GloboEsporte.com
Tricolor joga melhor do que o Ramalhão, mas árbitro confirma dois gols irregulares dos donos da casa em partida válida pela sétima rodada do Paulistão
Com um time misto, o São Paulo jogou melhor do que o Santo André neste domingo, no Morumbi, pela sétima rodada do Campeonato Paulista. Mas a goleada por 4 a 1 sobre o time do ABC foi marcada por dois erros da arbitragem. Cícero estava impedido quando fez o primeiro do Tricolor, e Luiz Araújo desviou com o braço no terceiro. Houve muita reclamação do Ramalhão, que chegou a esboçar uma reação. De qualquer forma, como tem sido rotina no time tricolor, a partida teve pitadas fortes de emoção.
A vitória mantém o São Paulo na liderança do Grupo B, agora com 14 pontos, quatro a mais que o vice-líder Linense. O Santo André, por sua vez, está em terceiro no Grupo C, com seis pontos. São quatro jogos sem vencer.
Pelo Campeonato Paulista, o São Paulo volta a campo no próximo sábado, às 16h, para encarar o Palmeiras, na casa do rival. No mesmo dia, só que às 15h, o Santo André recebe o Botafogo-SP, no estádio Bruno José Daniel.
Antes disso, o Tricolor tem desafio pela terceira fase da Copa do Brasil, contra o ABC-RN, às 19h30, quarta-feira, no estádio do Morumbi. O jogo de volta será no dia 15 de março, no mesmo horário, em Natal.
O jogo
Mesmo sem alguns titulares (como Pratto e Thiago Mendes, que começaram o jogo no banco, e Rodrigo Caio e João Schmidt, que nem foram relacionados), o São Paulo mostrou a mesma postura de pressionar a saída de bola adversária. O desenho tático tinha a equipe no 4-1-4-1 sem a bola, com Jucilei, estreando como titular, sozinho na pequena área – o volante praticamente não passava do meio-campo. Quando a posse era tricolor, o posicionamento passava para o 4-3-3, com Cueva e Luiz Araújo juntando-se ao centroavante Gilberto. Mas os laterais subiam com constância.
Nesse cenário, o Santo André, dono de uma das piores campanhas do Estadual, não conseguia encaixar a marcação. Assim, aos quatro minutos, o time do ABC cortou mal uma cobrança curta de escanteio e Luiz Araújo cruzou rasteiro, vendo a bola passar por Lugano até encontrar Cícero, impedido e pronto para empurrá-la às redes.
O adversário deu um passo à frente no seu posicionamento, mas encontrou um São Paulo mais firme na proteção à zaga, formada por Lugano e Douglas, e o goleiro Sidão, que pouco trabalhou ao longo do primeiro tempo. A melhora defensiva tinha o posicionamento fixo de Jucilei quase como um líbero e o esforço de laterais, como ocorreu com Buffarini, aplaudido pela torcida a cada corte que dava do meio-campo para trás.
Com a defesa menos exposta, o Tricolor finalizou menos do que costuma, mas ditou o ritmo que queria. O previsível segundo gol saiu em uma jogada coletiva: aos 26 minutos, o time recuperou a bola na defesa e Jucilei lançou para Júnior Tavares, que abriu na esquerda para Luiz Araújo tocar rasteiro para Cueva ampliar.
No intervalo, o técnico Sérgio Soares pareceu ter acordado o Santo André, talvez alertando que a equipe de Rogério Ceni cansaria depois de um primeiro tempo tão intenso. O São Paulo continuou criando e se movimentando na frente, mas levou o gol, como vem ocorrendo, em um acúmulo de falhas individuais. Lugano tentou um drible na defesa, perdeu a bola, cometeu falta e, na cobrança, a bola passou pelos defensores e por Sidão até Leonardo descontar, aos 15.
Ceni, então, renovou o fôlego da equipe na tentativa de evitar que a bola ficasse demais em sua defesa. Trocou Cueva, Araruna e Jucilei por Wellington Nem, Thiago Mendes e Wellington. E foi em uma jogada envolvendo dois dos substitutos que ele conseguiu respirar aliviado: Thiago Mendes lançou, Wellington Nem girou na área e chutou. No rebote, Luiz Araújo deu carrinho e a bola bateu em seu braço antes de balançar as redes, aos 30.
O Santo André reclamou, não convenceu o árbitro da irregularidade e, com a bola, não teve mais forças para reagir. Deu chance para Gilberto deixar sua marca, após Thiago Mendes receber cobrança de escanteio e cruzar na cabeça do centroavante, aos 43. Fim!