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SERGIO BARZAGHI/GAZETA PRESS
A busca do São Paulo pelo título inédito da Copa do Brasil terá mais um capítulo nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília). O confronto – talvez o mais difícil da carreira do treinador até agora – será uma prova de fogo para Rogério Ceni, por cinco razões em especial.
É verdade que somente a derrota em pleno Morumbi por 2 a 0 já transformaria o duelo de volta em uma missão complicada, mas não impossível. Porém, quando pisar no gramado do Mineirão, em Belo Horizonte, o time paulista terá pela frente um esquadrão azul celeste praticamente imbatível – pelo menos neste ano.
- Cruzeiro está invicto na temporada até agora
O Cruzeiro faz um 2017 dos sonhos. A equipe comandada por Mano Menezes ainda não sofreu nenhuma derrota nesta temporada: foram 21 jogos oficiais, dos quais venceu 16 e empatou cinco. Perder, por enquanto, é algo que não faz parte do vocabulário – ou dos planos – do elenco mineiro.
O São Paulo de Ceni também disputou 21 partidas oficiais neste ano, porém, com aproveitamento bastante abaixo do rival, com 10 vitórias, sete empates e quatro derrotas.
- São Paulo não empolga contra grandes
O time simplesmente não engata contra outros grandes do cenário nacional. Desde a chegada do comandante, foram cinco jogos oficiais com as principais equipes do país e, destes, o saldo é realmente desanimador.
O panorama é assim: três derrotas (além da derrota para o Cruzeiro na Copa do Brasil, perdeu por 3 a 0 para o Palmeiras e por 2 a 0 para o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista), um empate (1 a 1 com o Corinthians, no Estadual) e apenas uma vitória (sobre o Santos, por 3 a 1, também no Paulistão).
Em todos estes duelos o time tricolor marcou apenas quatro gols e, em contrapartida, sofreu nove, mais que o dobro dos tentos anotados.
- Defesa organizada
Soma-se a isso a defesa do time mineiro – uma das menos vazadas do país, com 11 gols sofridos em toda a temporada. Para ter chances de conseguir a classificação, o São Paulo precisa marcar, no mínimo, dois gols. Nada absurdo, afinal, esta não seria a primeira vez em que o ataque formado por Luiz Araújo, Lucas Pratto e Christian Cueva encantam o torcedor. Mas não no Cruzeiro.
A meta celeste sofreu dois gols em um mesmo jogo somente uma vez em 2017 – no empate por 2 a 2 com o Uberlândia, válido pela nona rodada do Campeonato Mineiro.
Como se não fosse suficiente, a vitória fora de casa na última quinta-feira pesa, e o retrospecto celeste é bastante convincente neste quesito.
- Virada inédita
O Cruzeiro nunca foi eliminado da Copa do Brasil depois de abrir vantagem como a que conseguiu contra o São Paulo no Morumbi.
Em sua história, a equipe venceu por dois ou mais gols em 14 mata-matas da Copa do Brasil, e em todos confirmou a classificação. Quem ficou mais perto da virada foi o Vitória, nas quartas de final de 1998, mas o triunfo por 1 a 0 no segundo jogo não foi o bastante para reverter a derrota por 2 a 0 da ida.
- É tetra
O desafio torna-se ainda maior quando o rival é um velho conhecido de Rogério Ceni. É fato indiscutível que como jogador, o treinador tricolor já conquistou todos os títulos possíveis – menos o da Copa do Brasil. E foi justamente o Cruzeiro quem frustrou o sonho do ex-goleiro na final de 2000.
Na ocasião, Marcelinho Paraíba abriu o placar para os paulistas aos 20 minutos do segundo tempo, também no Mineirão. Aos 35, porém, Fábio Júnior balançou as redes guardadas por Ceni, conquistando o empate e, para completar, Geovanni marcou aos 45 do segundo tempo para decretar a vitória – e o terceiro título – do Cruzeiro.
Depois, em 2003, o Cruzeiro venceu pela quarta e última vez a Copa do Brasil (1993, 1996, 2000 e 2003). Tetracampeão e duas vezes vice, é o segundo clube mais vitorioso da competição – perde apenas para o Grêmio, única equipe cinco vezes campeã e atual detentora do título.
Se por um lado o Cruzeiro coleciona troféus do torneio nacional, o São Paulo, por outro, é dono do recorde inverso. Além do Botafogo, é o único grande que nunca foi campeão. O mais longe que cada um chegou foi a decisão, de fato, mas ambos acabaram derrotados – o Botafogo perdeu a final, em 1999, para o Juventude
O único título que falta na estante de Rogério Ceni é o da Copa do Brasil. A determinação do São Paulo em se redimir pelas duas recentes derrotas diante do torcedor, buscar uma vaga nas oitavas de final do torneio nacional e, ao mesmo tempo, quebrar tabus, será testada no Mineirão nesta quarta-feira, a partir das 19h30 (de Brasília) – assim como a inegável invencibilidade do Cruzeiro.
Entra ano e sai ano e estou aqui questionando o que acontece com o meu time.
Jogadores que em outras equipes são tidos como craques e aqui viram perebas esquecem o futebol que tinha.
Nenhum treinador consegue dar padrão a equipe e torná-la um time vencedor, todo ano é o mesmo fiasco com derrotas humilhantes para rivais.
Sinceramente não sei mais o que se tornou o time do São Paulo.
Infelizmente hoje mais uma decepção, com a panela Ceni em campo…
Mais uma eliminação, domingo outra…
Acorda Diretoria, fim da panelinha e dos empresários mandando no time.