Técnico rasga elogios ao uruguaio, titular contra o Avaí, diz que ele sempre será capitão quando escalado, mas ressalta que diretoria deve fazer avaliação de custo-benefício para tomar decisão
A pouco mais de um mês do fim do contrato de Lugano, sua escalação teve importância ainda maior na vitória por 2×0 sobre o Avaí. A renovação divide opiniões no São Paulo. Há quem conteste seu alto salário para quem é pouco utilizado. Por outro lado, seu comportamento na crise recente de resultados foi muito elogiado por quem vive o CT da Barra Funda.
Questionado sobre o impasse, Rogério Ceni rasgou elogios ao zagueiro, mas evitou tomar partido tanto de um lado como de outro. Ficou no muro.
– Acho o Lugano muito importante para a instituição. Ele não pode jogar todas em sequência, apesar de se condicionar muito bem fisicamente, mas o tempo passa para todos. Ele agrega muito ao clube, mas a decisão fica para a parte administrativa. Ele tem minha admiração, carinho e amizade eternos. Eu o coloquei hoje porque acredito em seu futebol, na sua qualidade, mas é preciso fazer uma avaliação de custo-benefício – disse o técnico.
Lugano foi titular pela sexta vez no ano. Nesses jogos, o São Paulo sofreu cinco gols. Firme ao lado de Rodrigo Caio, o zagueiro compensou sua dificuldade em sair jogando com a bola no chão com outros aspectos, como o bom posicionamento e até mesmo as faltas – motivo de reclamação do técnico do Avaí, Claudinei Oliveira.
– Ele bateu o jogo inteiro e nem amarelo levou – contestou.
O uruguaio também atuou com a faixa de capitão, que havia ficado no braço do atacante Lucas Pratto na estreia no Brasileirão. A explicação veio de Rogério Ceni:
– Foi minha opção escalar o Lugano, e muito por sua liderança, sua figura em campo. Sempre falei que não poderia colocá-lo todas as vezes, mas sempre que eu o colocasse respeitaria sua história e ele seria capitão. Quando ele joga, faço questão que mostre aos demais o valor de sua história – disse o ex-goleiro, que, ao lado do zagueiro, conquistou um Paulistão, uma Libertadores, um Mundial e um Brasileiro pelo São Paulo.
Para o clássico do próximo sábado, contra o Palmeiras, Ceni deixou aberta a possibilidade do retorno de Maicon à zaga. Depois de falhar no gol do Cruzeiro, semana passada, o jogador, assim como Cueva, fez alguns trabalhos físicos para aprimorar sua condição.
Se essa Diretoria de merda renovar o contrato do Velhugano para ganhar 300.000 na reserva e tomando cartão amarelo temos que mobilizar pedindo renovação do comando, porque será um sinal que tudo está perdido dentro do São Paulo.