Renan é “antídoto” do SP contra Palmeiras e traumas em gols de cobertura

416

José Eduardo Martins

O são-paulino não tem lembranças muito positivas em jogos recentes contra o Palmeiras. Nos últimos sete clássicos, foram cinco derrotas, um empate e apenas uma vitória. Para complicar ainda mais, três gols marcados pelos arquirrivais nestas partidas foram de cobertura – dois de Robinho em Rogério Ceni, e outro de Dudu em Denis.

Desta vez, o goleiro que guardará a meta tricolor diante dos rivais será diferente daqueles que viveram os traumas recentes. Neste sábado à noite, no Morumbi. Renan Ribeiro vai enfrentar pela primeira vez o Palmeiras em sua carreira. Para se firmar entre os titulares, ele superou a disputa interna com Denis, Sidão e Lucas Perri e transmitiu mais tranquilidade para a torcida.

“O Renan está à frente, tem participado dos jogos bem, não tem comprometido. Agora, é dar tempo ao tempo para se firmar mais e ganhar mais confiança”, disse o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, que viu uma diminuição na cobrança sobre os jogadores da posição nesta temporada.

Publicidade

“Procuro fazer o meu trabalho no dia a dia para deixá-los em condição boa, como tem acontecido. Vejo uma evolução boa, estão tirando a imagem negativa do ano passado, pela confiança que estão tendo agora da mídia, estão falando menos. Isso foi fruto do trabalho deles, no Campeonato Paulista, com boas apresentações”, afirmou Haroldo.

Gols de cobertura

Apesar de o São Paulo ter sofrido esses três gols de cobertura em partidas contra o Palmeiras, não está previsto nenhum trabalho específico para evitar que a cena se repita neste sábado.

“A gente trabalha dentro das informações que tem do Palmeiras.  A forma como estudamos e trabalho é a mesma com Palmeiras, Corinthians… Não muda em nada, mas a gente pede para ter um pouco mais de atenção com jogadores habilidosos dos times baseados nessas informações”, contou Haroldo.

“Clássico é diferente, decidido em detalhe. Todos querem ver. Nós estudamos os rivais, estudamos o Avaí e estudamos o Palmeiras. Se Deus quiser, vamos conseguir fazer um bom jogo”, completou Renan Ribeiro.

Chance tardia
Apesar de ter 27 anos, Renan Ribeiro disputou apenas 94 partidas como atleta profissional – sendo 26 pelo São Paulo e o restante com a camisa do Atlético-MG. Tal fato faz com que a comissão técnica aposte na evolução do jogador no decorrer da temporada.
“Ele é um atleta completo. Tem uma força muito grande, agilidade e explosão. A parte técnica dele melhorou bastante, mas goleiro quanto mais joga, mais pega experiência, com os jogos e a rodagem vamos ver o quanto ele pode evoluir. A parte física e a técnica vão melhorar ainda bastante. Agora que ele está jogando, tendo ritmo e oportunidade, vai evoluir bastante”, previu Haroldo.
Concorrência interna
Até mesmo pelo fato de Rogério Ceni ter sido goleiro, a disputa por uma vaga entre os titulares na posição chamou a atenção no início da temporada. O preparador e o arqueiro encaram com naturalidade essa concorrência.
“No dia a dia, os atletas estão nessa disputa pela posição. Acho que essa competitividade entre eles é o que faz com que eles treinem mais com qualidade e atenção, para poder conquistar a oportunidade”, avaliou Haroldo.

“O Denis esperou e eu esperei quatro anos. Pude esperar e estou aproveitando da melhor maneira a oportunidade. A decisão é sempre do treinador. Quando for escolhido, vou dar o melhor”, afirmou Renan, que disputa a sua 13ª neste ano.

1 COMENTÁRIO