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A partida contra o Grêmio, nesta segunda-feira, às 20 horas (de Brasília), no Morumbi, marcará o reencontro do São Paulo com Maicon e Fernandinho, dois jogadores que deixaram o clube com a bronca da torcida.
O atacante tem presença garantida na equipe titular do Grêmio, que terá Lucas Barrios como desfalque por suspensão. Fernandinho foi o destaque do time gaúcho no triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória, na última quarta-feira, ao marcar um gol e contribuir com uma assistência.
Fernandinho chegou ao Morumbi em 2010 e teve um início promissor com a camisa tricolor. Conhecido por suas arrancadas nas beiradas do campo e pelos cortes para o meio seguidos de potentes chutes, o jogador marcou 17 gols e deu nove assistências em um total de 104 jogos disputados ao longo de duas temporadas e meia (2010, 2011 e 2012).
Nesse período, contudo, Fernandinho se machucou muito e tinha presença recorrente no departamento médico tricolor. Apesar de receber o apoio dos cinco técnicos que o treinaram no São Paulo, o atleta foi perdendo aos poucos o respaldo da torcida, que perdeu de vez a paciência quando o atacante mandou a bola na bandeira de escanteio após fazer a sua tradicional jogada contra o Bahia, pelo Campeonato Brasileiro de 2012.
Em sua terceira passagem pelo Grêmio, o jogador de 31 anos vem recuperando o bom futebol. Sob o comando de Renato Portaluppi, Fernandinho já marcou seis gols em 30 partidas, sendo quatro deles anotados no Brasileirão. Ele tem contrato com o clube gaúcho até o fim de 2017.
Já Maicon, recém-recuperado de uma inflamação no tendão de Aquiles, voltou a atuar diante do Vitória, porém com o retorno do volante Michel deverá começar a partida no banco de reservas.
A relação do atleta com a torcida do São Paulo foi ainda mais conturbada. Exemplo disso foi o polêmico episódio marcado pela entrevista do volante após a goleada por 4 a 2 sobre o Capivariano, pelo Campeonato Paulista de 2015, no Pacaembu.
Na ocasião, Maicon teve boa atuação, com assistência e participação no primeiro gol tricolor. No entanto, foi vaiado a cada vez que pegava na bola. Após a partida, ele demonstrou toda a sua incompreensão com o comportamento das arquibancadas.
“Ficam pegando no meu pé. Tudo é o Maicon. Toma gol, a culpa é minha. Time erra passe, a culpa é minha. O presidente está na arquibancada. Fala com ele. Eu estou puto. Não sou moleque. Tenho 30 anos. Estou há três anos aqui e é sempre isso. Trabalho todo o dia, sério. Se eu sou o problema, então peçam para eu sair”, desabafou, na época.
Depois, Maicon vestiu a camisa do São Paulo só mais três vezes, sendo a última delas na derrota por 2 a 0 para o rival Corinthians, pela Copa Libertadores de 2015. No Grêmio, o meio-campista teve a paz que tanto lhe era cara e virou capitão. Com o apoio da torcida, a diretoria gaúcha pagou R$ 7 milhões ao São Paulo pelos direitos econômicos do jogador, que teve o contrato estendido até 30 de junho de 2019.
O lateral esquerdo Bruno Cortez também reencontra o São Paulo, do qual se desvinculou de vez em janeiro após rescindir contrato. Com 30 anos, o jogador passou pelo clube do Morumbi entre 2012 e 2013, mas nunca emplacou com a camisa tricolor, apesar de não ter irritado a torcida são-paulina como fez seus companheiros de Grêmio. Depois de disputar duas temporadas no futebol japonês, ele decidiu retornar ao Brasil e superou a concorrência de Marcelo Oliveira na lateral do time comandado por Renato Portaluppi.
Após 15 partidas no Brasileirão 2017, o São Paulo é o 17º colocado, ocupando a zona de rebaixamento, com 15 pontos ganhos, 16 a menos que o Grêmio, vice-líder da competição e o maior perseguidor do primeiro colocado Corinthians.