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Enquanto faz testes para encontrar o time ideal do São Paulo, Dorival Júnior também trabalha nos bastidores para resolver questões ligadas aos jogadores que estão fora de seus planos. São os casos de Wesley e Cícero. O primeiro está prestes a sair, de acordo com o treinador, que concordou com o afastamento do segundo.
Com contrato até dezembro de 2018, Wesley negocia sua rescisão há praticamente um mês, porém segue trabalhando normalmente com o grupo. Situação que deve durar pouco tempo, garante Dorival.
“O Wesley está resolvendo sua situação com a diretoria. Acredito que não demore para uma tomada de decisão. A diretoria tem conversado frequentemente com o representante dele. É outra situação definida antes da minha chegada, além do Cícero”, afirmou o técnico, em entrevista coletiva, após o treino desta sexta-feira.
Aos 30 anos, Wesley atuou em apenas três partidas no Campeonato Brasileiro e pode defender outra equipe da Série A, portanto. O volante não é relacionado desde o duelo com a Chapecoense, no dia 16 de julho.
Já Cícero, contratado a pedido de Rogério Ceni, tem vínculo com o Tricolor até dezembro de 2018. Nesta sua segunda passagem pelo clube, ele nunca se firmou no time titular e treina em horários alternativos desde a última quarta-feira. A decisão foi tomada em comum acordo entre o jogador, comissão técnica e diretoria, que o via com um comportamento prejudicial aos outros atletas.
Com 32 anos, Cícero negou por meio de sua assessoria qualquer problema com o elenco. Ele já tem dez jogos pelo São Paulo no Brasileirão, o que o impede de atuar por outra equipe do torneio. No entanto, o jogador pode ser negociado com clubes da Série B ou do exterior, já que a janela de transferências para fora do País só se encerra em 31 de agosto.
“Foi tudo conversado com o Cícero e internamente. Se tive 1% ou 99% de participação, não importa. Foi uma colocação já feita anteriormente ao meu acerto com o clube, vinha sendo conversado há muito tempo. A decisão cabe 50% ao comando técnico e 50% à diretoria. Foi uma conversa interna, uma posição tomada. A partir daí, com todo o respeito que merece o atleta, a vida segue e damos condição ao Cícero de continuar a carreira”, explicou Dorival.
A declaração do treinador vai na contramão da afirmação do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que atribuiu a decisão exclusivamente a Dorival. O estafe do jogador, contudo, já havia sido informado pela diretoria tricolor de que ele estava fora dos planos do clube e que poderia procurar uma outra equipe para Cícero.