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Técnico acaba com regime e jogadores se apresentam apenas no dia do jogo. No entanto, quem tem filho recém-nascido às vezes prefere dormir no CT
O técnico Muricy Ramalho finalmente tem conseguido concretizar um desejo que carrega desde a época em que dirigia o Santos: acabar com o regime de concentração nas vésperas dos jogos.
Antes de encarar o Danubio (URU), na última quarta-feira, pela Libertadores, os jogadores foram liberados para dormir em casa e se apresentaram no CT da Barra Funda só no dia do jogo, ao meio dia. No Paulistão, os jogadores ainda não concentraram este ano.
A medida tem sido encarada por todos no CT como saudável e fruto do bom ambiente no grupo. Muricy já disse que tentou implantar o sistema em outras ocasiões, mas a falta de comprometimento de alguns atletas não permitiu. Agora, ele diz que não tem do que reclamar. Os jogadores são só alegria com a medida.
– É prova da confiança que o Muricy tem no grupo e da responsabilidade que todos carregam aqui. Só agrega ao grupo, só fortalece – disse o lateral-direito Bruno.
– Para mim, é muito importante dormir com a esposa que está grávida. A gente se cuida, chega na hora, tem sido muito bom – opinou o lateral-esquerdo Reinaldo, cuja esposa está grávida de sete meses.
Caso siga alguns de seus colegas, Reinaldo pode mudar o hábito quando o filho nascer. É que atletas que foram pai recentemente, como Souza, Ganso e Hudson já optaram por dormir na concentração mesmo liberados. A razão é para melhor descanso, às vezes atrapalhado pela rotina do bebê.
– O bom desse grupo é que são profissionais corretos, estão tendo conduta. Estamos tirando da concentração, e vai ser assim, a não ser quando for jogo pegado. O grupo tem essa facilidade, o caráter dos jogadores, estão aproveitando – analisou o técnico Muricy Ramalho.