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Érico Leonan / saopaulofc.net
Dorival Júnior vai para o 11º jogo à frente do São Paulo
“Eu tenho tranquilidade suficiente para colocar que nosso trabalho e o São Paulo estão evoluindo para encontrar um caminho. Sei que a situação não é agradável, mas tenho confiança em tudo o que acontece no clube. Tem que ter paciência, é um time remontado dentro do campeonato”, opinou o comandante em entrevista coletiva nesta sexta-feira no CT da Barra Funda.
O treinador teve quase duas semanas de treino para preparar o elenco para a 23ª rodada do Brasileirão. Neste sábado, às 19h, o São Paulo recebe a Ponte Preta no Morumbi e depende de pelo menos três tropeços de rivais, além de uma vitória, para deixar a zona de rebaixamento. O cenário complicado não assusta Dorival, que aposta em reação depois do que viu nas sessões de treinamento.
“Vi uma evolução muito proveitosa em duas semanas importantes e espero ver essa evolução contra a Ponte Preta. A reação da equipe em nosso comando foi sempre de um time guerreiro, vibrante. Os resultados, sim, não foram bons, mas o time se entrega, trabalha com intensidade e entrega. Tudo isso somado pode nos levar aos resultados bons e isso fará a confiança retornar”, receitou.
Quanto à escalação do Tricolor para encarar a Macaca, Dorival ainda tem mais um trabalho tático antes de defini-la. A dúvida está na defesa, se Bruno Alves ou Lugano formarão dupla com Rodrigo Caio para substituir o suspenso Arboleda. Aderllan, que também foi testado, não será relacionado: “Trabalhei com as três possibilidades, o último treino foi com o Bruno, teve Lugano e Aderllan, o único que não estará em condições e que não foi convocado”.
Pressão pelo risco de rebaixamento
Eu sinceramente não vejo por esse lado. Se o treinador perder a confiança em um momento como esse, não é capacitado para um trabalho assim. É preciso estar comprometido, mas um pouco alheio, distante para tomar decisões mais precisas e corretas.
Time ideal
Eu tenho uma formação ideal, mas para uma equipe que oscila você precisa buscar opções. Pelas dez partidas, por um ou outro resultado, acho que mexi até muito pouco. Dei uma sequência de jogos a todos que entraram. Tem que ser assim, você precisa proporcionar o momento ao atleta. Algumas alterações foram por necessidade, como lesões, então para dez jogos, 20 jogadores é natural. A estrutura principal da equipe foi mantida.
Ponte Preta e Emerson Sheik
A Ponte é uma equipe muito traiçoeira, de muita velocidade no contra-ataque com Lucca e Emerson, jogadores de potencial de definição bons, de desequilíbrio. Eles merecem essa atenção. Espero o São Paulo preparado para qualquer circunstância, para evitar que a Ponte nos prejudique. Nossos trabalhos foram voltados para isso, pensando no número de gols excessivo para um time como o São Paulo.
Reforços
Carências são naturais em todas as equipes. Você pode ter dois jogadores bons em uma função e os dois não estarem produzindo ao mesmo tempo. Temos que trabalhar e encontrar soluções internamente. É mudança de posicionamento, vinda de garoto da base… Todos nós passamos por isso e precisamos saber conviver, não é ir a todo momento ao mercado. Os clubes precisam entender isso e que dependemos apenas de nossa força.