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Tricolor vencia por 2 a 0 até aos 16 minutos do segundo tempo, mas expulsão de Jucilei permite reação do adversário. Time de Dorival segue em penúltimo. Macaca respira.
A reação parecia começar neste sábado, mas o São Paulo voltou a se complicar na luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Depois de estar vencendo por 2 a 0 até aos 16 minutos do segundo tempo, a equipe de Dorival Júnior sofreu um duro golpe com a expulsão de Jucilei e não conseguiu impedir que a Ponte Preta chegasse a um heróico empate por 2 a 2 .
O resultado deixa o São Paulo em uma condição bastante difícil, na penúltima colocação, com apenas 24 pontos. Pior: os adversários diretos ainda jogarão no domingo e podem abrir vantagem. A Ponte Preta sobe para 28, em 13º, e respira depois de começar a se aproximar perigosamente das últimas colocações .
O próximo jogo da Ponte Preta será no sábado, contra o Atlético-GO, às 16h, em Campinas. Já o São Paulo enfrentará o Vitória, domingo, às 16h, no Barradão, em Salvador.
Sempre o Profeta!
As duas semanas de treinamentos não foram suficientes para transformar o São Paulo. Dorival colocou Lucas Fernandes no lugar de Cueva, improvisou Militão na lateral direita, mas de nada adiantou. O Tricolor continuou com muita dificuldade para criar jogadas de ataque. Não por acaso, a primeira finalização saiu apenas aos 27 minutos, em chute de fora da área sem grande perigo para Aranha.
A Ponte fez o que se imaginava: jogou atrás da linha da bola no esquema 4-1-4-1, apostando na velocidade de Lucca, Emerson e Nino Paraíba para tentar encaixar algum contra-ataque. Mas não conseguiu pela pouca objetividade da equipe e também pela boa marcação adversária. Ponto para Dorival. O São Paulo melhorou na defesa.
O São Paulo respirou, de novo, graças a Hernanes. De novo, de bola parada. Aos 30 minutos, o meio-campista acertou uma linda cobrança de falta – a bola ainda tocou no travessão – e abriu o placar. Sétimo gol dele em sete partidas pelo Tricolor.
A vantagem serviu como um alívio para o Tricolor. O time passou a jogar mais solto, até mesmo com algum espaço pela tentativa da Ponte de sair de trás. Lucas Fernandes, em boa atuação, quase ampliou em chute de longe. Tímida no ataque, a Macaca nada criou e voltou para os vestiários sem nenhuma finalização.
A expulsão que mudou o jogo
A Ponte voltou para o segundo tempo com a entrada do centroavante Léo Gamalho na vaga do volante Elton. A troca em nada melhorou o rendimento ofensivo. Ao contrário. A Macaca perdeu força na marcação e passou a dar mais espaços para o São Paulo. Hernanes, por exemplo, passou a chegar à área com muita facilidade.
O segundo gol não demorou a sair. Aos 12, o estreante Bruno Alves aproveitou erro de Aranha, ganhou do goleiro pelo alto e desviou de cabeça. Os jogadores alvinegros ainda pediram falta no lance, mas o árbitro confirmou o gol.
O que parecia um jogo controlado voltou a ser dramático para o São Paulo. Logo em seguida, aos 17, o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti após um desvio de Jucilei com o braço na área. O volante foi expulso. Danilo Barcelos descontou e deu novo ânimo para o time de Campinas.
Com o recuo natural do São Paulo, a Ponte se lançou ao ataque e passou a pressionar. Mas o empate não saiu em nenhuma jogada trabalhada, com troca de passes. A defesa tricolor voltou a cometer velhos erros defensivos em bolas paradas. Léo Gamalho subiu livre de cabeça na área e deixasse tudo igual, aos 30.
Nos minutos finais, Marcos Guilherme, Felipe Saraiva e Lucas Pratto ainda tiveram chances para marcar, mas não conseguiram. O perigo do rebaixamento continua vivo para ambos, mas muito mais para o São Paulo.