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OO São Paulo deveria estar mais unido possível na luta para evitar o rebaixamento. Mas Leco conseguiu rachar o clube. Em uma entrevista ao porta Chuteira F.C. foi claro. Repassou a culpa pelo clube estar vivendo esse momento constrangedor a Rogério Ceni.
“Quando se fala que o projeto não deu certo, se liga inevitavelmente à figura do técnico. Não posso dizer que me arrependi da contratação do Rogério, embora naquele primeiro momento questionasse se ele já estava em condições de assumir. Mas tantas e tão fortes foram as colocações dele de que estava pronto que eu me convenci, e fiz aquilo que acho que ninguém evitaria fazer, que era trazê-lo. Trouxemos, demos todas as condições, prestigiamos o projeto. Dei tudo e um pouco mais. Dei tudo e ainda dei o Pratto.”
“Como jogador ele era o “Mito”, uma figura grande, com muitas conquistas, mas era uma situação muito diferente da de pegar um grupo e formar um time. Uma, duas, três eliminações… E zona de rebaixamento, porque foi com ele que fomos para a zona de rebaixamento.
“E como é duro de sair! Muitos dizem que contratei o Rogério para que ele ajudasse a ganhar eleição. Não é verdade. Poderia acontecer é o contrário. Com três desclassificações, ele poderia me fazer perder a eleição.”
Rogério Ceni, que está na Europa, retomando o curso de treinador, soube da entrevista e sua resposta uma pancada em Leco. O maior ídolo da história do clube não mediu palavras para atacar o presidente que o demitiu. Citou Ruy Barbosa.
“Não se deixe enganar pelos cabelos brancos.
‘Canalhas envelhecem.”
Leco é uma pessoa rancorosa. E decidiu não deixar passar a ofensa em branco. Ele não permitirá mais o acesso de Rogério Ceni ao CCT da Barra Funda. Não quer o que mais no clube. Não perdoa porque a citação que foi clara. Foi classificado por maior ídolo da história do São Paulo como ‘canalha’. Não esperava algo tão ofensivo.
Advogado, Leco ainda estuda o que fazer.
Pode até processá-lo.
Só que Rogério Ceni ainda tem muito prestígio no clube. Conselheiros, membros da diretoria, sócios, torcedores, organizadas. Ninguém esquece o que fez dentro do campo pelo São Paulo.
E que Leco foi responsável pelo desmanchem, que sabotou seu trabalho.
O presidente está longe de ser bobo.
O veto não é oficial.
Simplesmente, os seguranças sabem.
Rogério Ceni deixou de ser bem-vindo.
E ter as portas escancaradas quando, e se, aparecer.
Ceni já não pretendia voltar ao clube enquanto Leco fosse o presidente.
Iria apenas receber a multa de R$ 5 milhões por sua demissão.
Mas essa postura radical do dirigente pegou muito mal.
Agiu como se Ceni fosse o único culpado.
As críticas ao presidente não param por aí.
Na mesma entrevista, ele isenta Vinicius Pinotti do fracasso no futebol. E mostra que, apesar da total falta de experiência, será o milionário quem executará a reformulação no futebol do São Paulo, em 2018. Com rebaixamento ou sem rebaixamento.
Leco ainda antecipou que Jucilei não seguirá no clube na próxima temporada. Algo incompreensível e tem tudo para desestimular o volante que Dorival transformou em reserva. Ainda mais neste momento fundamental para a tentativa de sobrevivência do clube na Série A.
Conselheiros importantes garantem.
Leco está perdido neste momento tão importante.
E atrapalha o São Paulo.
Agora, o dirigente resolveu pressionar a arbitragem na CBF.
Mandará um relatório contra o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães. Leco e Pinotti o enxergam como o responsável pelo empate com o Corinthians e pela manutenção do clube na zona do rebaixamento, permanência recorde na história do clube. E o querem longe dos 13 últimos jogos do São Paulo no Brasileiro.
O presidente Marco Polo del Nero detesta vetos.
E avisa que não aceita pressão sobre os juízes.
Leco está comprando outra briga que pode se arrepender…
Dois bostas