GazetaEsportiva.net
Acostumados a entrevistar Dorival Júnior às sextas-feiras, os jornalistas foram pegos de surpresa quando o técnico foi anunciado como o palestrante desta terça, data da reapresentação do São Paulo. Na coletiva, o treinador voltou a lamentar a atuação da arbitragem do Majestoso, garantiu que o elenco está blindado contra polêmicas externas e exaltou a mudança de postura da equipe nos últimos jogos pelo Campeonato Brasileiro.
“Depois do grande jogo que tivemos, falamos muito pouco sobre a partida. Falamos muito mais de erros de arbitragem, que acho que aconteceram, mas não podemos ficar aqui debatendo esse assunto porque tínhamos árbitros de campo competentes, são erros no campeonato. Mas o mais importante é que tivemos um grande jogo”, avaliou, sem esconder a decepção pelo empate e pela permanência do time na zona do rebaixamento.
“É natural que seja frustrante porque a gente percebe a entrega que o time vem tendo. E terminamos a rodada, infelizmente, ainda nessa situação que incomoda realmente. Acaba, às vezes, minando qualquer equipe. Mas sinto o time do São Paulo forte, a torcida acreditando e isso nos deixa confiantes”, ponderou.
Além da parte técnica, Dorival tem lidado com preocupações externas, como a crise política pela qual o clube atravessa no momento. O episódio mais recente envolve uma suposta agressão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no conselheiro Pedro Mauad, que virou até caso de polícia. O treinador, contudo, garante que o elenco está protegido das polêmicas que vêm de fora.
“Sinceramente estamos focados, blindados. Aqui (no CT) não entra nenhum tipo de conversa, intriga. Mudou o comportamento dos jogadores, que tem demonstrado uma entrega muito grande nos treinamentos. Eles têm desempenhado um papel importante, porque estão focados exclusivamente na preparação para os jogos”, assegurou.
A 13 rodadas para o término do Brasileiro, o São Paulo ocupa o 17º lugar, com 28 pontos. O que faz Dorival confiar na reação tricolor é o desempenho do time nos últimos jogos, especialmente contra Palmeiras, Ponte Preta, Vitória e Corinthians, fruto de uma mudança no comportamento dos atletas, segundo o comandante.
“Vem uma crescente, eles vieram percebendo que precisavam mudar a intensidade de treinamentos, jogos. Cresceríamos, esses fatores estão sendo mostrados. Mudaram um pouco seus comportamentos habituais, passaram a se integrar um pouco mais. Perceberam que a situação era desesperadora. E quando isso acontece, o ser humano se une mais”, ressaltou.