Mesmo sem Rodrigo Caio, Lugano sequer é cogitado por Dorival

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar

Rodrigo Caio está com a Seleção Brasileiro e deve ficar apenas no banco de reservas na próxima terça, quando o time de Tite enfrentará o Chile, no Allianz Parque. Caso o zagueiro realmente não seja utilizado, a tendência é que Dorival Júnior aproveite seu camisa 3 no dia seguinte, diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte, principalmente pela Seleção não ter forçado Rodrigo Caio a sequer fazer uma viagem a mais, já que a partida pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo acontecerá em terras paulistas.

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A situação apenas evidencia o estado de ostracismo que vive Diego Lugano no São Paulo. No treino desse sábado, já sem a presença do titular companheiro de Arboleda, Aderlan, que ainda não fez sua estreia com a camisa tricolor, foi utilizado no setor. Lugano mais uma vez acabou preterido pelo técnico são-paulino.

Outras brechas já apareceram, como quando o São Paulo enfrentou a Ponte Preta no Morumbi. Recém contratado à época, o zagueiro Bruno Alves foi o escolhido e acabou até marcando um gol. Diante do Vitória, há três rodadas, Bruno voltou a ser usado por Dorival nos minutos finais do jogo.

Está claro que mesmo depois de um clamor de boa parte dos torcedores do São Paulo pela renovação de contrato – vai até o fim desse ano – de Diego Lugano, talvez por todo o respeito que o uruguaio adquiriu pelas atuações em sua primeira passagem no clube, tão vitoriosa e emblemática, a situação do ídolo pouco mudou, ou até piorou.

Depós a chegada de Dorival Júnior, Lugano não foi utilizado em nenhum jogo, nem mesmo entrando durante alguma partida. Do banco, o camisa 5 conseguiu levar três cartões amarelos e teve de cumprir suspensão contra o Avaí.

Com Rogério Ceni, apesar de toda amizade dos ex-companheiros de zaga, Lugano jogou apenas dez partidas, das quais o São Paulo ganhou apenas quatro. Antes de ser demitido, Ceni usou Lugano por três jogos seguidos. Foram duas derrotas e um empate, além de dois cartões amarelos para o atleta de 36 anos.

Do banco de reservas, Lugano só falta entrar em campo sem autorização, sua participação, muitas vezes exaltada e exagerada, as inúmeras conversas com os companheiros ou até mesmo a comemoração depois da vitória do Tricolor em cima do Sport, na última rodada, quando o uruguaio invadiu o campo para abraçar Sidão assim que soou o pito final do árbitro, deixam claro que Lugano não está de pouco caso, não está fazendo corpo mole ou pouco se importa com a fase do clube.

No entanto, pelo alto salário, por sua representatividade no clube, jogar tão pouco, ficar como quinto, sexto reserva, e ser fundamental apenas fora de campo parece um cenário abstrato diante da carreira que Lugano construí até hoje. Contra o Galo, quarta, uma esperança de se mostrar útil dentro das quatro linhas poderia até ser especulada, mas, de novo, nem de longe se pensa nisso.