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Melhor jogador do mundo em 2007 admite cansaço e vê possibilidade de virar técnico ou diretor de futebol no futuro.
Kaká está perto de fazer um importante anúncio. Diante dele, três possibilidades: voltar ao Brasil para jogar mais um ano no São Paulo, renovar com o Orlando City ou encerrar a carreira agora. O que ele já sabe é que quando parar vai tirar um ano para descansar. Depois, quer voltar a estudar e fazer um curso de treinador inspirado no francês Zinedine Zidane, hoje técnico do Real Madrid. (clique no vídeo e veja a reportagem)
– Fazer como Zidane é uma boa ideia. Ele parou, deu um tempo, viu mesmo se era realmente o que ele gostava, estudou, fez um curso, começou numa categoria de base. Eu sou mais por esse lado também. Agora, tem gente que acha que já tá pronto – afirma.
O craque diz que sente muita dor após os jogos e reconhece que não tem mais tanto prazer de jogar.
– Acaba um jogo você sente muita dor, o corpo começa a sentir, então, já não é tanto mais prazer, tem muito a parte de ser o trabalho mesmo – reconhece.
Desde os doze anos de idade, Kaká mantém rotina de treinos e jogos.
– Moleque joga hoje, amanhã joga de novo. Estou com 35, demora mais pra recuperar, já é outro ritmo. Isso você vai sentindo a hora que tá chegando a hora – afirma.
Kaká sabe que com um cargo de técnico ou diretor de futebol outras preocupações estarão no seu radar.
– Tenho que me preocupar com estrutura que está em volta, com torcedor, uma série de outras coisas. É isso que ainda não estou preparado, essa experiência de ter essa outra visão – admite.
Amizade entre os camisas 10 e estádio em local estratégico.
A ideia de juntar Martha e Kaká foi do dono do Orlando, o brasileiro Flávio Augusto da Silva.
– Qualquer clube do mundo gostaria de ter um atleta como Kaká e Marta e tivemos o privilégio de reunir os dois aqui numa mesma temporada. Óbvio que como brasileiro sinto feliz por isso, ter proporcionado isso, e lógico que o torcedo gosta de ver o espetáculo no campo – afirma.
O clube inaugurou seu estádio esse ano. A localização foi estratégica. O centro de Orlando. Para criar identidade com a população da cidade. E tem conseguido. Os bares estão sempre movimentados em dias de jogos. Moradores criaram até torcidas organizadas. Os dois se cruzam diariamente no clube.
– Essa interação acontece no centro de treinamento, os horários de treino são diferentes, mas a gente se cruza na hora do almoço e na academia – diz Kaká.
– Ótimo exemplo porque não tem barreira entre o masculino e o feminino aqui, não tem um local que a gente não possa acessar porque faz parte da equipe masculina, essa interação faz muito bem pra ambas equipes – revela Marta.
E quando podem, eles assistem ao jogo do outro.
– Cria esse vínculo, essa amizade, essa torcida e isso acaba sendo muito legal e a gente torce muito, fica nervoso. E corneta também? Sempre dá aquela cornetada. Vamos, Marta! Isso porque ele é demais, fantástico, porque quando você é tão bom numa coisa você espera que a outra pessoa vá fazer igual ou melhor. Então, quando erra passe de cinco, dez metros. Pô, como erra esse passe? – admite.
Só eu que achei que no trecho que o Kaká diz: ” – Fazer como Zidane é uma boa ideia. Ele parou, deu um tempo, viu mesmo se era realmente o que ele gostava, estudou, fez um curso, começou numa categoria de base. Eu sou mais por esse lado também. Agora, tem gente que acha que já tá pronto – afirma.”
Será que foi uma indireta a uma certa pessoa que achou que estava pronta pra ser técnico pulando etapas, se não foi bem que serviu hehe.