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Renan Cacioli
Camisa 10 deverá se apresentar à seleção peruana logo após o clássico contra o Santos. Dorival precisa pensar em uma solução sem seu camisa 10.
O São Paulo que venceu o Flamengo com autoridade no domingo teve uma formação titular diferente da que vinha sendo utilizada por Dorival Júnior. Deixou ótima impressão. Mas não vai durar muito.
O clássico contra o Santos, no próximo sábado, no Pacaembu, poderá ser a “despedida” de Cueva, que vai defender sua seleção na disputa da repescagem à Copa do Mundo da Rússia. O São Paulo ainda tentará reduzir o prejuízo e solicitar a antecipação da partida contra o Atlético-GO, marcada para o dia 6. Entenda o caso.
De qualquer forma, serão, no mínimo, três partidas de Dorival Júnior sem seu camisa 10, justamente no momento em que ele parece ter recuperado o bom futebol mostrado no primeiro semestre.
Dos últimos nove gols marcados pelo Tricolor, o peruano participou de cinco: fez um e deu quatro assistências, incluindo a da vitória sobre o Flamengo, para Hernanes.
A partida diante dos rubro-negros, por sinal, sintetiza tudo de bom que Cueva vem fazendo nessa retomada da boa fase com a camisa tricolor:
Movimentação constante
No 4-1-4-1 de Dorival, essa linha de quatro que joga atrás de Pratto precisa se mexer o tempo todo para dar opção de passe ao “primeiro um” do esquema – vinha sendo Petros, passou a ser Jucilei.
Repare na movimentação de Cueva no lance do gol de Hernanes, por exemplo. Ele já começa o deslocamente antes da “casquinha” de Militão. Na sequência da jogada, ele cruza na cabeça do Profeta.
Opção perto do gol
Repare no frame abaixo, que mostra os 10 jogadores de linha do São Paulo. A bola está aqui embaixo, com Militão. Cueva, normalmente aberto pela direita, está centralizado, em posição invertida com Pratto. Jogar mais perto da área adversária tem sido essencial para que ele seja decisivo.
Disposição e dedicação
Cueva parecia em outra sintonia na comparação com os colegas de time e se desentendeu com Rodrigo Caio após ser cobrado pelo zagueiro. Chegou a ser barrado por Dorival na partida contra a Ponte Preta, quando começou no banco.
De volta ao time após boas apresentações pela seleção peruana, o camisa 10 parece ter entendido o recado. Vem ajudando na marcação, como ilustra o gif abaixo (em lance com Cuéllar).
O problema já é conhecido. Dorival precisa agora pensar na solução. Se o São Paulo vencer o Santos, o treinador terá muito mais tranquilidade para resolver quem escalar nos três, quatro jogos seguintes – além do Atético-GO, dia 6, o time enfrentará no período Chapecoense (9/11), Vasco (12/11) e Grêmio (15/11).