Ex-CEO detona São Paulo e diz que demissão foi “surreal e covarde”

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UOL

Demitido após um trabalho de apenas três meses no São Paulo, o ex-CEO Alexandre Bourgeois fez duras críticas à diretoria do clube paulista nesta terça-feira. Segundo ele, a demissão, que ocorreu na última quinta foi “surreal e covarde”.

“Fui contratado pelo presidente Aidar e fui demitido por 8 pessoas, mas o principal articulador, no dia que fui demitido, foi um assessor de imprensa que monopolizou a demissão. Assessor que não conhecia, chama-se Olivério Júnior. A reunião foi surreal e covarde”, disse em entrevista ao Seleção SporTv.
Alexandre também criticou o presidente Carlos Miguel Aidar. De acordo com ele, o dirigente alegou que havia uma articulação política, comandada por Alexandre. “Gostaria de agradecer ao presidente que disse que em três meses tive a capacidade de articular a política o São Paulo. Se tivesse essa capacidade, não estaria demitido”, frisou.
Segundo Alexandre, o modo de trabalho de Aidar dificultou as suas ações no cargo. “Não tive acesso aos contratos, fiquei sala e não tive acesso. A diretoria não deixou, presidente. Não consegui ter acesso ao que precisava para ir em frente”, afirmou.
O ex-CEO afirmou que a intenção era renegociar as dívidas do clube, mas isso não foi possível devido à falta de planejamento. “Eu ia renegociar com fornecedores, bancos e renegociar com empresários. Sem ter recursos escassos, tem de renegociar, quando pega e queima pagando todo mundo de qualquer maneira, duas horas depois está sem dinheiro de novo”, frisou.
A crise financeira, segundo Alexandre, pode fazer o São Paulo ter um time menos competitivo nas próximas temporadas. “A situação é muito grave. Se há dificuldade para pagar o elenco, mesmo que se faça isso aumentando o endividamento, terá impacto no futuro. E terá time menos competitivo daqui a alguns anos”, disse.