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Marcelo Prado
Zagueiro vê time com sistema de jogo definido e exalta momento de algumas peças.
Do elenco atual, Rodrigo Caio é o jogador que tem o maior número de jogos pelo São Paulo: 247. Com seis anos de profissional, o zagueiro confessa que já passou muitas noites em claro durante o segundo semestre temendo o rebaixamento da equipe no Campeonato Brasileiro.
Hoje, pode-se dizer que a equipe evoluiu, tanto que abriu cinco pontos de vantagem para o grupo das piores equipes da competição.
– Claro que eu temia (o rebaixamento). Foram muitas noites em claro. No começo, o time não conseguia encaixar, não fazia bons jogos, não vencia partidas chaves. Não é sempre que você joga bem, mas precisa vencer também quando isso acontece. Depois, para me deixar ainda mais preocupado, fizemos boas partidas e também não ganhamos, como aconteceu por exemplo contra o Palmeiras (derrota por 4 a 2, no segundo turno). Mas conseguimos evoluir. O Dorival tem feito um trabalho excelente. Estamos com um sistema de jogo definido – ressaltou o defensor.
Na entrevista coletiva, Rodrigo Caio falou muito sobre o crescimento da equipe, mas aproveitou para ressaltar a produção de alguns jogadores. No sistema defensivo, Jucilei e Éder Militão mereceram elogios.
– Eles deram mais consistência. São dois jogadores fortes de marcação por baixo e por cima. O Jucilei tem experiência, sabia o momento que a gente vivia e encarou. A gente fica feliz com a volta dele para o time, com a volta do bom futebol dele. Já o Militão é um moleque jovem, tem grande potencial e vem fazendo grandes partidas. O importante é que estamos conseguindo nos consolidar como time – afirmou o camisa 3 tricolor.
Outro atleta ressaltado pelo beque foi Cueva, com quem ele chegou a ter um desentendimento no passado. Rodrigo Caio aproveitou para explicar a questão e deixa claro: Cueva é importante demais para a equipe.
– Sempre foi um dos principais jogadores do time. Muitas vezes as pessoas interpretam de uma forma que elas querem e não é da forma que você quis falar. Em nenhum momento critiquei o Cueva. Expliquei a ele o que quis dizer. Falei que tínhamos muita preocupação agora: “Vamos esquecer isso aí, se dedicar em campo para sair dessa situação”. Demos um basta nisso, e graças a Deus hoje está tudo certo, ele está fazendo grandes partidas, assim como o Hernanes, o Marcos Guilherme. Quando a coletivo está bom, as individualidades aparecem – disse.
Rodrigo Caio pediu atenção ao time nas duas próximas partidas, contra Atlético-GO e Chapecoense, que, como o São Paulo, também lutam contra o rebaixamento.
– Vejo como um grande adversário. Será um dos jogos mais difíceis para nós. É um time que por estar em último não tem tanta obrigação e vai jogar para frente. Depois tem a Chapecoense, que a responsabilidade será nossa. Eles vão esperar uma bola para contra-atacar. Será preciso um nível de concentração muito alto.
Sobre a possibilidade de conquistar uma vaga na Libertadores do ano que vem, Rodrig Caio repetiu o discurso mais comum ao grupo:
– Fizemos um pacto pelos 47 pontos e não podemos pensar em outra coisa. Há duas rodadas, falavam que o time iria cair. Agora, com duas vitórias, já falam em Libertadores. É pensar jogo a jogo.