Fazer gol antes do adversário e, de preferência, na primeira parte do jogo. A receita aparentemente simples tem ajudado o São Paulo a se ver cada vez mais distante do Z-4 e voltou a funcionar na noite deste sábado, na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A primeira trinca vitoriosa que garantiu nove pontos em sequência ao Tricolor nas últimas rodadas passa, muito, pela tranquilidade que esse gol inicial transmite ao time de Dorival Júnior:
- nos 2 a 0 contra o Flamengo, Pratto abriu o placar aos 13 minutos de jogo;
- nos 2 a 1 diante do Santos, Marcos Guilherme fez o primeiro gol aos 16;
- no 1 a 0 frente ao Atlético-GO, Hernanes marcou aos 21.
Com os resultados parciais da rodada, o time tem a melhor campanha do segundo turno com 24 pontos. Palmeiras (22) e Cruzeiro (21) ainda podem ultrapassar o Tricolor neste domingo.
/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2017/11/04/20171104192202486_8.jpg "Hernanes dá o combate: Profeta é o melhor jogador nessa ascensão do São Paulo (Foto: Carlos Costa / Futura Press)")
Quando o relógio joga a favor do São Paulo, a equipe tem calma para girar a bola e só ir “na boa”. Ou seja, evita-se, assim, passes forçados (e os consequentes erros), cruzamentos em excesso, coisas que só interessam ao rival, ainda mais se este tiver nível técnico inferior, caso do Dragão.
Dois números mostrados pelo Scout da TV Globo chamaram bastante a atenção no primeiro tempo da partida no Serra Dourada e decorrem do que foi dito acima:
- o São Paulo acertou 96,5% dos passes (de 289 tentados, errou 10);
- o time paulista teve 62% da posse de bola.
Além do gol, pesou a favor do Tricolor o clima no estádio. Mesmo jogando fora de casa, o Serra Dourada virou Morumbi.
Sem pressão, a defesa voltou a se comportar muito bem. Passou ilesa pela segunda vez nos últimos três confrontos, o que não é pouco para ela nesse campeonato. Em 32 rodadas, o time só não sofreu gols em oito.
Aqui, vale uma menção especial a Rodrigo Caio. Se na época de Z-4 ele era símbolo de uma retaguarda que não se acertava, agora também colhe individualmente os frutos da melhora no setor. Não perdeu nenhuma pelo alto e impediu que a bola chegasse a Walter, substituído aos 28 do segundo tempo sem que tivesse levado perigo à meta de Sidão.
Talvez, tenha faltado um pouco mais de ousadia para o time na etapa final, quando a equipe recuou e chamou o Atlético-GO para o seu campo defensivo. Mesmo assim, sem brilhar, o São Paulo fez o mais importante: venceu e ficou a quatro pontos da meta da comissão técnica (47) para afastar definitivamente o perigo do rebaixamento.
NÚMEROS DA PARTIDA
| ATLÉTICO-GO | SÃO PAULO | |
| Posse de bola | 40% | 60% |
| Finalizações | 6 | 12 |
| Chances reais de gol | 1 | 4 |
| Cabeçadas | 1 | 2 |
| Bolas levantadas | 14 | 9 |
| Escanteios | 2 | 4 |
| Faltas cometidas | 17 | 9 |
| Passes errados | 30 | 22 |
| Passes certos | 233 | 491 |
| Dearmes | 8 | 16 |
