SP ‘esquece’ patrocínio de camisa e usa mídias sociais para gerar receita

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UOL

Guilherme Palenzuela

  • divulgação/saopaulofc.net

O São Paulo não tem um patrocínio máster de camisa desde agosto de 2014, quando a Semp Toshiba antecipou o rompimento do vínculo que rendia R$ 17 milhões anuais. Desde então, o clube não consegue ofertas interessantes para vender o principal espaço de publicidade do uniforme em um mercado que, a não ser por estatais, brecou o investimento. Desde o início de 2015, a alternativa tem sido vender publicidade com foco na exploração do potencial de visibilidade do clube na internet, como ocorre com a Copa Airlines. O clube pretende expandir o modelo de parceria com a companhia aérea para outras diferentes empresas.

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Nesta quinta-feira o São Paulo recepcionará na Cidade do Panamá a entrega de três aeronaves da frota da companhia panamenha que foram envelopadas com cores e emblema do clube, e que vão expor a marca do São Paulo em voos entre América do Sul e América do Norte. O acordo de um ano rende R$ 3 milhões ao clube, não ocupa espaço na camisa e tornou-se um produto de sucesso para aumentar o valor desta propriedade de publicidade e vender o projeto para outras marcas.

O São Paulo é um dos clubes do Brasil que mais tem seguidores entre Facebook, Twitter, Instagram e Youtube, e se diz líder em engajamento – postagens que geram retorno além da visualização. Agora o clube apresenta sua venda de propriedades a empresas baseada no modelo alcançado após seis meses de parceria com a Copa Airlines – a companhia aérea se diz plenamente satisfeita e positivamente surpresa com o resultado.

Nesta quinta-feira, além de receber os aviões envelopados, o São Paulo jogará contra a Chapecoense no Morumbi, pelo Brasileirão, com Copa Airlines estampada no principal espaço na camisa. Além disso, a Copa inicia agora promoção em preços de passagens para torcedores do clube: dependendo do nível de relacionamento com o clube, se for associado ou sócio-torcedor, o são-paulino terá entre 15% e 25% de desconto na compra de passagens da companhia, segundo relata o gerente regional de marketing da Copa, Emerson Sanglard.

A ideia do São Paulo, com isso, é aos poucos gerar uma receita que substitua o máster de camisa. O clube entende que hoje não há mais como conseguir patrocínio máster na casa de R$ 25 milhões por ano se não for em parceria com uma estatal, como no caso da Caixa Econômica. “Máster é uma receita importante, tinha que ter tido um planejamento para não ficar sem máster lá em 2013, porque os grandes anunciantes iriam investir na Copa do Mundo”, diz o vice-presidente de comunicação e marketing, Douglas Schwartzmann.

Assim, o São Paulo procura outras empresas de diferentes ramos para firmar acordos de patrocínio envolvendo exposição nas mídias sociais do clube – dependendo do acordo, ele ainda atinge publicidade estática, espaços no Morumbi e até publicidade na camisa, se for o caso. Outro acordo que segue o mesmo modelo e é vigente desde abril é com a Gatorade, que paga R$ 2 milhões ao clube por ano – o contrato com a marca é válido até 2018.

*O jornalista viaja a convite da Copa Airlines