PVC – UOL
O pedido de demissão do diretor de futebol do São Paulo, Vinicius Pinotti, teve como estopim a ideia de que houve negociação de uma parte da diretoria com o diretor executivo do Cruzeiro, Marcelo Djian, para discutir a possibilidade de transferência de Lucas Pratto para a Toca da Raposa. Pinotti discutia com o clube mineiro e o acusava de aliciamento ao atacante argentino. Mas houve reunião com Marcelo Djian.
Pinotti está incomunicável desde ontem. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, contou ter recebido o ex-diretor na tarde de quarta-feira e ter ouvido que problemas pessoais o afastavam do cargo. ”Depois me surpreendi com seu comunicado dizendo que havia divergências com o presidente. Não sei que divergências foram estas”, disse o presidente. Leco também falou que soube de um incômodo de Pinotti, por Lugano e o próprio presidente terem falado publicamente na despedida do zagueiro uruguaio, e o diretor de futebol, não. Ao relatar isto, ouviu que este não poderia ser o motivo.
Em Belo Horizonte, o diretor de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, desmente ter sondado ou conversado a respeito da transferência de Lucas Pratto. Também descartou a saída do atacante Allisson, cogitado para fazer parte da negociação.
Segundo pessoas com quem Pinotti conversou após sua saída, ele ficou sabendo de reunião de Marcelo Djian com o presidente Leco. Marcelo Djian não foi localizado.
Houve quem afirmasse que a pressão para manter Dorival Júnior no cargo de técnico fosse a razão. Não é isso. Dorival Júnior deve começar 2018 como treinador do São Paulo, manutenção do trabalho que tirou o tricolor do risco de rebaixamento.