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Em 2017, Edimar esperou quatro meses para estar no São Paulo, superou a concorrência com Júnior Tavares e foi tão bem que renovou seu contrato por mais duas temporadas. Neste ano, o jogador de 31 anos terá que disputar posição com Reinaldo, que voltou da Chapecoense com aumento e vínculo prorrogado, mas não se intimida.
Em entrevista ao jornal Lance! durante suas férias, Edimar, que se reapresentará com o elenco nesta quarta-feira, lembrou que terminou a última temporada em alta – com ele em campo, o aproveitamento do time sobe de 44% para 54,4%. Por isso, aguarda por mais oportunidades com Dorival Júnior.
O que espera da concorrência com o Reinaldo agora?
Todos conhecem o potencial do Reinaldo, e que todo clube precisa de concorrência. Acredito que vamos ter um bom relacionamento e que a disputa vai ser sadia. Mas é claro que há de se ressaltar que terminei o ano muito bem e espero continuar jogando.
Como é seu relacionamento com o Júnior Tavares? Consegue passar experiência para ele?
O Júnior é um menino com muito talento. Tenho um bom relacionamento com ele, sim. Estamos sempre conversando.
Você demorou quatro meses para estrear, mas sempre teve sua atitude elogiada no São Paulo, tanto que renovou. Pode explicar sua postura mesmo fora das quatro linhas?
O profissionalismo é tudo hoje em dia, e foi isso que fiz. Trabalhei sempre crendo que surgiria oportunidade e, quando surgisse, agarrá-la e não sair mais do time. Claro que a espera não é fácil, mas temos de saber esperar o momento certo das coisas.
Como um jogador com passagem na Europa e experiente encara um ano em que quase não jogou no primeiro semestre, mas terminou a temporada como titular?
Na Europa, se o jogador tem valor, independentemente de jogar ou não, o valor dele não muda, Aqui no Brasil é um pouco diferente, o jogador precisa estar sempre jogando, e foi o que aconteceu comigo. Em 2016, fiz 61 jogos, contando Europa e Cruzeiro. Em 2017, pensei que continuaria tendo sequência com Mano Menezes no Cruzeiro, mas não tive. Vim para o São Paulo e não tive oportunidade com o Rogério. Com a chegada do Dorival, pude demonstrar meu valor e terminei o ano muito bem.
Quais foram o pior e o melhor momento de 2017 para você?
O pior momento foi quando estávamos na zona de rebaixamento e ficamos nove rodadas seguidas sem vencer. Isso nos trouxe preocupação e ansiedade. O melhor momento foi quando comecei a jogar e ganhamos do Vasco. Logo em seguida, vencemos o Botafogo, naquela virada sensacional (4 a 3, no Rio, com o time perdendo por 3 a 1 até os 39 minutos do segundo tempo, em 29 de julho).
Quais são as suas projeções particulares para 2018?
Começar o ano bem, conquistando títulos pelo São Paulo e fazendo um ano melhor do que foi 2017.
Não sei se você já pensa em aposentadoria, ainda tem 31 anos, mas tem como plano encerrar a carreira no São Paulo?
Ainda não penso em aposentadoria. Ainda está longe de isso acontecer.