Nenê despista sobre São Paulo e não responde sobre presença na Libertadores

1995

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Paulo Fernandes / Flickr do Vasco

    Nenê comemora seu gol de pênalti diante da Cabofriense

Com uma proposta para defender o São Paulo, o meia Nenê deixou o campo após a derrota do Vasco para a Cabofriense por 2 a 1 sem dar maiores detalhes sobre a situação. O jogador lembrou que interesses e especulações de clubes têm sido algo rotineiro desde quando chegou ao Cruzmaltino, em 2015.

“O meu foco é aqui. Tenho que fazer meu papel dentro de campo e isso aí não é algo novo. Isso sempre acontece. Tenho de responder dentro de campo. Tenho contrato e trabalho normal”, declarou ao Sportv.

Publicidade

Questionado se poderia garantir sua presença na Copa Libertadores, onde o Vasco inicia a disputa na primeira fase da competição, Nenê não respondeu, deu as costas e foi embora a caminho do vestiário.

As conversas entre São Paulo e Nenê esquentaram nos últimos dias, quando passou a ser discutido o tempo de contrato desejado pelo veterano. Os vascaínos tratam o assunto com cautela, mas as duas partes mostram disposição a selar um acordo para encerrar a passagem do camisa 10.

Nenê já foi apresentado como alternativa ao São Paulo no ano passado, ainda sob o comando de Rogério Ceni, mas o agora técnico do Fortaleza acreditava não haver espaço – em campo e financeiramente – para ter o meia e Cueva ao mesmo tempo. O peruano, aliás, pediu para não ser relacionado para jogo contra o Mirassol depois de ver a diretoria barrar proposta do Al Hilal, da Arábia Saudita e causou novo mal estar no clube. A saída antecipada de Hernanes para a China também colabora para que Nenê apareça como opção forte para reforçar o setor de criação.

Desde que retornou ao Brasil, em 2015, Nenê disputou 128 partidas e marcou 41 gols pelo Vasco. O veterano se destacou por boas cobranças de falta e pênalti, além de apresentar bom poder nas assistências. No futebol paulista, o meia chegou a defender o Corinthians nas categorias de base, enquanto já como profissional passou por Palmeiras, em 2002, e Santos, em 2003. De 2000 a 2002, jogou pelo Paulista de Jundiaí, cidade onde nasceu. No exterior, atuou por Mallorca, Alavés, Celta de Vigo e Espanyol, na Espanha, Monaco e Paris Saint-Germain, na França, e Al Gharafa, no Qatar.

Em São Januário, são recorrentes os comentários sobre a insatisfação de Nenê no clube. Ainda sem receber os salários de novembro, dezembro e o 13ª, o meia também tem boa parte dos direitos de imagem em aberto.

Deixar o clube deixou de ser um segredo para Nenê, que desde o fim de 2016 avalia a possibilidade – mas tem dificuldade na busca por clubes que topem bancar o salário de quase R$ 400 mil. Sendo assim, o camisa 10 segue na Colina, mas muitos no clube não escondem o “peso” que o jogador passou a ser. A negociação seria um alívio na folha salarial e também no ambiente.

Até aqui, o São Paulo já fechou com o zagueiro Anderson Martins, que também estava no Vasco, com o goleiro Jean, do Bahia, e com o centroavante Diego Souza, do Sport. Diego já estreou no último sábado, contra o Novorizontino e será titular pela primeira vez nesta quarta-feira, às 21h45, contra o Mirassol. O jogo da terceira rodada do Campeonato Paulista também marcará a estreia de Anderson Martins.